Opinião: As contas do iParque

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As contas da empresa iParque foram aprovadas com o voto favorável de todos os acionistas presentes. O ano de 2019 traduziu uma significativa viragem financeira da empresa – desde logo, apresenta um lucro depois do imposto sobre rendimento de 1.376.000 euros e o imposto a pagar no montante de 123.000 euros.
Mas também se realça, que o cash flow de exploração foi positivo (resultado antes de impostos, gastos de financiamento e depreciações) no montante de 273.475 euros, quando em 2018 o prejuízo tinha sido de 101.756 euros.
O passivo em 2018 totalizava 6.302.000 euros e em 2019 passou para os 2.322.000 euros, uma redução de 3.978.000 euros. A autonomia financeira passou de 43% para 73%.
Ao nível da atividade há construção em curso e esperamos, que no decurso do corrente ano os investimentos previstos não paralisem, principalmente o da Sanfil, TIS, Olympus e se concretize o protocolo para a instalação do Centro de Investigação Aplicada e o Departamento de Ligação à Comunidade do Instituto Politécnico de Coimbra. A curto prazo esperamos dar notícias sobre o espaço da Innovnano.
Boas notícias para uns, más notícias para outros. Sorte para uns, tudo fácil para outros. A sorte dá muito trabalho.
Mas, desde já, lavro o meu protesto contra o maldizer, o pessimismo que sufoca e a literatura do absurdo e sobretudo lavro o protesto contra os que perante as evidências teimam na intervenção do pau na roda, ao ponto de na cegueira tentarem travar investimentos no Parque para poderem afirmar que está paralisado. Nesta cidade da canção do encanto tudo se sabe.
Recorro a Torga: “O homem é não só o instante em que se contempla num espelho, mas também a saudade de outras imagens passadas de que se recorda, e a certeza de outras imagens futuras que adivinha”. Mesmo em mar de naufrágios há sempre salvação e estamos em hora de erguer a voz contra os empatas e os derrotistas do costume.
Diz a lenda que a rainha, padroeira da cidade, às escondidas, alimentava os pobres; e, num certo dia, transportaria pão no regaço para a clientela faminta, que o reinado não satisfazia, surpreendida pelo rei, teria sido questionada sobre o que levaria no regaço, milagrosamente transformou o pão em rosas. Bonita lenda. Passados tantos séculos, o milagre inverteu-se, agora, a rosa do Costa transformou-se em pão, mas só para uns tantos, ainda que dela não gostem, aproximaram-se do regaço e alguns com muitos anos de pão.
É justo soprar os bons resultados, porque se assim não fosse alguns nos fariam o mesmo que o marchante ao cabrito que esfola.
E se mais não houver a esperar da nossa condição, em consciência, basta recorrermos à lei, que nos socorra. E assim vai e continua a vida.

Pode ler a opinião de Victor Baptista na edição impressa e digital do DIÁRIO AS BEIRAS

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