Não há nada que arruíne mais um povo do que um país pequeno com a mania das grandezas. Os países, tal como as pessoas, se querem viver felizes, têm de se conformar com o seu tamanho. Não confundir, no entanto, mania das grandezas com ambição, porque não só não são sinónimos como são antónimos. A ambição parte sempre do reconhecimento daquilo que se é, enquanto a mania das grandezas assenta num complexo de inferioridade que pretende esconder aquilo que se é. Uma pessoa ambiciosa quer mais do que aquilo que tem, enquanto o megalómano complexado contenta-se apenas em alardear o que não tem.
Além disso, não é inteligente uma pessoa que só ganha mil euros por mês, endividar-se para comprar um Ferrari, só para se armar em rico por uns dias e arruinar-se para toda a vida. E Portugal continua com a mania das grandezas, como o caso da TAP é um exemplo flagrante, gastando o que não tem e o que não pode, para fingir aquilo que não é. E ai de quem tenha a ousadia de dizer o óbvio a alguém com o complexo de inferioridade e a mania das grandezas, porque é, imediatamente, enxovalhado. É preferível fazer como fazem os estrangeiros que olham para nós, riem-se nas nossas costas, entram na brincadeira, elogiando o fanfarrão, e ainda lhe dão uma gorjeta pelo divertimento.
E lá voltamos ao futebol que é o espelho do que nós somos. Benfica, Sporting e Porto apropriam-se da totalidade das receitas geradas pelo futebol português, arruinando todos os clubes, destruindo a competitividade e o interesse da liga portuguesa e apropriando-se ainda de fundos públicos, para quê?
Para encherem o peito cá no burgo por jogarem 5 jogos na Europa… Que orgulho?!… Que mais pode desejar um adepto de um Grande do que ver o seu clube no sorteio das provas europeias, ao lado do Real Madrid, Barcelona, United, Liverpool?!… E então, se conseguirem ganhar um jogo ao Basileia ou ao Lille, sentem-se os maiores do mundo?!…
Mas os portugueses são mesmo assim. São capazes de arruinar toda a sua vida e da sua família apenas para poderem fazer figura de ricos por um dia… O resto que se lixe! Alguém há-de pagar a conta…