
FOTO DB/PEDRO RAMOS
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) é composto por diversos polos hospitalares, envolvendo diferentes áreas clínicas, cuja missão passa pela garantia da prestação dos melhores cuidados de saúde e pelo aumento da eficácia dos respectivos serviços.
Para o cumprimento de tais desideratos, é fundamental que o esforço, a energia e o investimento sejam canalizados de acordo com os diferentes âmbitos e objectivos dos vários polos que compõem o CHUC.
Existindo um polo que inclui todas as especialidades médicas e cirúrgicas, no Hospital da Universidade de Coimbra (HUC), parece óbvio que nesse edifício se deva situar e concentrar um Serviço de Urgência Polivalente com todas as valências.
Por outro lado, o Hospital Geral (HG) reúne todas as condições para nele se concentrarem muitas das actividades de ambulatório que o CHUC poderá desenvolver. Assim acontece com o Serviço de Pneumologia, que tenho a honra de dirigir, cuja estratégia de gestão clínica assenta no princípio da acomodação prioritária de cuidados ambulatórios no Polo HG e da gestão de doentes agudos e críticos no Polo HUC, de acordo, aliás, com a filosofia subjacente ao processo de fusão do CHUC.
O polo HG demonstrou recentemente, no âmbito da pandemia associada à infecçção pelo SARS-CoV2, constituir uma excelente e eficaz solução excepcional, como válvula de escape para uma situação também ela excepcional, que exigiu um apoio adicional e segregado no atendimento urgente. Assim poderá acontecer de novo, em circunstâncias que novamente o possam impor.
Em circunstâncias normais, a gestão racional e equilibrada dos recursos técnicos e humanos aconselha a que a urgência no polo HG possa funcionar a um nível básico e que, a poucos quilómetros de distância, o investimento público num serviço de urgência se concentre no polo HUC.