Em pouco mais de 100 metros quadrados, que representam um investimento de um milhão de euros, empresa biotecnológica sediada em Cantanhede já começou a produzir medicamentos de terapia celular, como, por exemplo, para tratamento da covid-19
Até aqui, a Crioestaminal dedicava-se sobretudo a recolher e armazenar células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical de recém-nascidos. A partir de agora, com a nova unidade de produção de medicamentos de terapia celular, está dado “um passo muito importante na estratégia da empresa avançar na cadeia de valor para a parte das terapias”, admitiu ontem o diretor da Crioestaminal, André Gomes.
Um novo passo na missão da empresa “que sempre foi dar acesso aos nossos clientes e à população em geral às terapias mais avançadas”, acrescentou o responsável.
E, mesmo antes da inauguração oficial, já a empresa estava a trabalhar em vários projetos: “Um deles é isolar um tipo de células que está dentro da medula óssea de doentes que tiveram AVC há pouco tempo e isolando estas células – e queremos fazer um ensaio clínico em colaboração com os Hospitais da Universidade de Coimbra e com o Hospital Rovisco Pais – que é devolver estas células nas áreas afetadas do cérebro”.
Mas há outros, como a expansão de células “para tratar doentes covid”. A primeira unidade já foi produzida “e nas próximas semanas podem estar prontas várias dezenas”.
Mas há outras áreas, nomeadamente doenças autoimunes, que fazem com que empresa pretenda vir a tornar-se numa referência europeia na área.
Aprender com a pandemia
Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, destacou a importância de projetos desta natureza, que merecem o investimento público. “Muitas vezes achamos que estes projetos precisam, durante muitos anos, de apoios estatais. Mas são projetos de interessa coletivo, de bens públicos, que precisam de apoio público e também na Alemanha ou países nórdicos têm apoios durantes décadas porque têm uma missão pública”.
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