O trio de amigos portuenses descansa na gasolineira da Casa Meada. Mais à frente, já perto do marco dos distritos de Coimbra e de Leiria, duas irmãs seguem a passo acelerado. Já em modo de almoço, ainda antes da Redinha, uma mulher repousa no carro, após mais uma longa jornada a caminhar à beira da estrada…
Este ano, não há peregrinos de maio aos magotes mas a devoção e a tradição ainda levam alguns (pouquíssimos) a pé, até Fátima. O objetivo é chegar ainda hoje ao santuário para “poder acender as velas”.
José Batista, 54 anos, foi o pioneiro nas caminhadas peregrinas, vão lá quatro décadas. Pintor desempregado e portista indefetível, segue viagem com dois amigos – Vítor Guedes, 48, e António Vieira, 44 –, ambos empresários e com a mesma cor clubística.
Saíram na sexta-feira, Às seis da manhã. No dia seguinte, fizeram primeira página, no JN. “Somos quase só nós a caminhar, por isso, não admira que a jornalista nos tenha escolhido”, diz António.
José transborda energia, até a falar. Num ápice, conta que também já fez o Caminho de Santiago e que, ali, tudo é mais organizado. “A gente chega a Compostela e tem direito a um diploma; quando fiz 25 anos de peregrinações a Fátima, pedi alguma coisa que ficasse como marca, uma medalha, ou assim, mas dissertam-me que só se tivesse avisado com antecedência”, lamenta.
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