A Académica de Coimbra disse que a decisão “injusta” de terminar a II Liga portuguesa de futebol 2019/20 tem repercussões económicas e nefastas para os clubes.
“Sentimos que os clubes da II Liga foram marginalizados e as consequências desta decisão são irreparáveis: direitos de televisão, transferências e até a verdade desportiva”, considera a ‘briosa’, em comunicado enviado à agência Lusa.
A direção liderada por Pedro Roxo não concorda com a decisão do Governo, salientando que o clube, os associados e adeptos, parceiros, patrocinadores, jogadores e trabalhadores saem “lesados com a não continuação da competição”.
Para a Académica, a decisão anunciada retirou aos ‘estudantes’ “legítimas expectativas” e prejudicou “gravemente” o clube.
“Temos todas as condições, humanas e físicas, para assegurar o cumprimento das normas da Direção Geral da Saúde no que à realização de jogos diz respeito”, frisa o clube.
No comunicado, a ‘briosa’ demarca-se também de um comunicado de vários clubes da II Liga, que agradeceram o empenho dos presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FFP), Fernando Gomes, e da Liga de Clubes, Pedro Proença, face à suspensão do campeonato devido à pandemia da covid-19.
No entanto, salienta que, ao longo das últimas semanas, contribuiu “com todos os clubes das ligas profissionais para tentar arranjar uma solução que permitisse a conclusão da I e II Ligas” de futebol.
O Governo autorizou na quinta-feira a retoma à porta fechada da I Liga, a partir de 30 e 31 de maio, mais de dois meses após a suspensão decretada em 12 de março, e a final da Taça de Portugal, entre FC Porto e Benfica, mas a II Liga não recebeu ‘luz verde’ para poder retomar a competição.