A antecipação do pagamento de 70 por cento dos apoios às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), pela autarquia da Figueira da Foz, foi aprovada, ontem, na reunião de câmara. A medida motivou uma polémica troca de mensagens de telemóvel entre os presidentes da edilidade e da Casa do Povo de Quiaios, Carlos Monteiro e Augusto Marques, respetivamente.
Antes de apresentar aquele ponto da agenda, o presidente da câmara revelou que partilhou com todos os vereadores a transcrição das mensagens de telemóvel trocadas com o presidente da Casa do Povo de Quiaios, à qual o DIÁRIO AS BEIRAS teve acesso. Carlos Monteiro esclareceu que tomou aquela iniciativa para os autarcas poderem “votar [a proposta] em consciência”.
Foi o dirigente da IPSS quem teve a iniciativa de contactar o autarca. Nas mensagens, Augusto Marques afirma que a proposta do executivo camarário tem “critérios perfeitamente estapafúrdios”, sendo “um verdadeiro escândalo”. E acrescenta: “Não quero surpreender ninguém, mas se este disparate for em frente, desta vez, não ficarei pelas palavras”.
Carlos Monteiro não gostou do conteúdo “ameaçador”, e fez disso eco na resposta enviada ao interlocutor. “(…) Tem todo o direito a reclamar, caso não concorde, [mas] não me parecendo que esse direito tenha que soar a ameaça”, respondeu o edil.
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