Covid-19: Festival Linha de Fuga em Coimbra adiado para setembro

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O festival e laboratório internacional Linha de Fuga, que ia acontecer entre o final de maio e junho, em Coimbra, foi adiado em consequência da pandemia da covid-19 e decorrerá de 12 de setembro a 4 de outubro, foi hoje anunciado.

“Este é um projeto internacional, que envolve viagens e envolve certezas que nesta altura não temos e não acreditamos que iremos ter no próximo mês”, disse à agência Lusa a curadora do Linha de Fuga, Catarina Saraiva, referindo que optaram por adiar o festival para setembro e outubro, altura em que consideram que já será possível realizar-se, ainda mais não sendo “um evento de grande escala”.

Segundo Catarina Saraiva, os artistas convidados, que irão dirigir seminários e ‘workshops’ do laboratório, bem como apresentar as suas obras, mantêm-se.

Caso em setembro ainda não haja condições para apresentar todos os espetáculos que estavam programados, estes não serão cancelados, decorrendo fora do período do festival, em acordo com os parceiros do festival, esclareceu.

Na segunda edição, em que o festival queria abrir-se muito mais à cidade e à participação das pessoas no processo criativo dos artistas, Catarina Saraiva refere que ainda terá de ser refletido o modo como essa participação pode ocorrer, face às recomendações que a Direção-Geral da Saúde venha a estabelecer para essa altura.

Para a edição de 2020, o Linha de Fuga recebeu um total de 100 candidaturas para a participação no laboratório de artes performativas, tendo selecionado um total de 32 artistas, 19 dos quais através da convocatória internacional.

França, Roménia, Cuba, Brasil, Japão ou Moçambique são alguns dos países de origem dos participantes no laboratório, afirmou Catarina Saraiva.

Numa edição em que o festival procura repensar e debater a democracia, Catarina Saraiva salientou a importância de ter a participar no laboratório pessoas de culturas e contextos distintos.

“A ideia é a de não nos centrarmos nas nossas ideias de democracia e pensar que a forma como cada um de nós olha para a democracia depende muito do contexto em que estamos”, notou.

Em fevereiro, a organização já tinha anunciado os artistas convidados do evento.

Alain Michard, Alex Cassal & Má Criação, Jonathan Uliel Saldanha, Paloma Calle & Massimiliano Casu, Panaíbra Gabriel, Tânia Carvalho e Vera Mantero são os artistas que vão dirigir seminários e ‘workshops’ do laboratório, bem como apresentar as suas obras.

O Linha de Fuga, que teve a sua primeira edição em 2018, conta com o apoio do Teatrão, Jazz ao Centro, Casa das Artes, Teatro Académico Gil Vicente, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, Centro de Estudos Sociais e Câmara Municipal de Coimbra.

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