Há desculpas para todos os gostos: como a de um homem que, ao ser questionado pela PSP porque andava na rua, justificou que “tinha que ir passear o drone”.
“Ia para a zona do IParque e, como é óbvio, foi aconselhado a ir para casa”, contou fonte do Comando Distrital da PSP de Coimbra.
Ainda no sábado, por exemplo, junto à rotunda do Choupal, duas pessoas, de idade já avançada, disseram às autoridades que precisavam de ir comprar batatas à Estrada do Campo e que, depois, aproveitariam a viagem para visitar a neta.
“Há pessoas que ainda não perceberam a gravidade da situação ou que não estão bem informadas. Outras aproveitam a permissividade do decreto [que declarou o estado de emergência] e saem todos os dias para comprar pão, depois para passear o cão, depois para ir às compras, à farmácia, aos CTT…”, adianta fonte policial.
As restrições impostas pelo estado de emergência são claras, mas ainda há quem invente as suas próprias urgências.
E há quem esteja atento e não se coíba de chamar a PSP quando acha que o respeito pelas recomendações das autoridades de saúde e pelo estado de emergência não está a ser cumprido.
“Em cinco ocorrências que nós recebemos, uma é relativa às ocorrências habituais e quatro são por incumprimento do decreto: ou porque há um aglomerado de pessoas na rua ou porque alguém está a fazer uma festa no pátio do prédio”, contou o agente da PSP.
Choupal fechado e pessoas em casa
Foi, precisamente, para evitar situações como as que ocorreram no fim de semana passado, e que motivaram a circulação, nas redes sociais, de imagens de vários carros parados junto à entrada para o Choupal que, a pedido da autarquia, o Instituto Nacional das Florestas e Conservação da Natureza (ICNF) interditou a mata nacional “por tempo indeterminado”.
Se no sábado, dia de sol e de calor, houve ainda quem tivesse aproveitado para correr ou andar de bicicleta nas imediações da mata, ontem poucos arriscaram fazer desporto naquela zona verde.
O DIÁRIO AS BEIRAS acompanhou, durante a manhã, uma patrulha da PSP e, num par de horas, apenas dois condutores perguntaram se podiam atravessar a “Estrada do Campo”, que liga a Mata Nacional do Choupal à Ponte dos Casais. Um deles ia tratar de um cavalo doente no Centro Hípico de Coimbra e outro precisava de ir dar comida aos animais no canil. De resto, apenas duas pessoas a caminhar (isoladas) e outros tantos ciclistas.
Pode ler a reportagem completa na edição em papel desta segunda-feira, 30 de março, do Diário As Beiras
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