Perseverança, amor pela modalidade e muita vontade de vencer, apesar das diferenças. São apenas algumas das qualidades inerentes a este projeto.
O futebol para cegos está a renascer em Portugal, em Coimbra, com jogadores que se juntam uma vez por mês, vindos de norte a sul do país, um treinador que faz uma viagem de oito horas e meia (e 600 quilómetros) para cada lado, ao fim de uma semana de trabalho, só para dar um treino.
O conimbricense Rui Jesus é um dos precursores do futebol para cegos em Portugal e explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS como tudo começou.
“No ano passado a ANNDVIS [Associação Nacional de desporto para Deficientes Visuais] fez um projeto, aprovado pela Federação Portuguesa de Futebol e, em novembro, fez a primeira formação, para a qual fui convocado com mais dois atletas, o João Macedo e o João Moniz – que já faziam Goalball – e com o treinador Márcio André”, lembra. Apesar de não ter conseguido marcar presença, devido a um internamento, por questões de saúde, Rui Jesus acabou por ser determinante em todo o processo.
“O Márcio e o João Macedo abriram um grupo no Whatsapp a chamar gente. Tudo começou assim. Eu já tinha o interesse de fazer alguma coisa em Coimbra, mas não consegui. Mas já tinha recebido apoios da Federação Espanhola, que me deu algumas bolas e vendas de treino”.
Havia material, havia vontade e o primeiro treino decorreu a 11 de janeiro. Na altura, num rinque da Casa do Pessoal do Centro Hospitalar de Coimbra, em S. Martinho do Bispo.
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