As medidas de contingência, primeiro, e o estado de emergência, depois, fizeram descer a pique o número de clientes nos mercados municipais. Dias antes da entrada em vigor das medidas mais restritivas de contenção do coronavírus Covid-19, entre os concessionários do Mercado Engenheiro Silva reinavam a incerteza e o medo de ficarem sem rendimentos.
Os receios de quem não vende bens essenciais confirmaram-se. No principal mercado municipal do concelho da Figueira da Foz, são vários os espaços que vendem produtos que se enquadram naquela tipologia. Para muitos dos respetivos concessionários, encerrar a loja significou que o agregado familiar ficou sem rendimentos.
Flávia Varela, uma conhecida comerciante de peixe da cidade com banca no Mercado Municipal Engenheiro Silva, começou por destacar o cumprimento das normas impostas, por parte dos concessionários e dos clientes. Ainda prevalecia o plano de contingência aplicado pela autarquia e restavam dois dias úteis para o início da aplicação das medidas do estado de emergência.
“As coisas estão de correr calmamente. As pessoas vêm e estamos a respeitar as regras”, afiançou Flávia Varela. Contudo, acrescentou: “As vendas não estão a decorrer como num mercado normal: desceram perto de 50 por cento. Este é o nosso sustento”. A comerciante de peixe defendeu que “o mercado tem melhores condições para os clientes circularem do que os supermercados: tem mais espaço, é mais arejado e tem peixe fresco da costa da Figueira da Foz”.
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