A Feira de Arte Contemporânea ARCOmadrid, em Espanha, abriu hoje com mais de 200 galerias, incluindo 13 portuguesas, à espera de fazer “bons negócios”, como é habitual, apesar da “grande preocupação” com o impacto na atividade do novo coronavírus.
“Esta feira é muito importante para o nosso volume de negócios e também para a nossa visibilidade junto dos clientes”, disse Miguel Nabinho, da galeria com o mesmo nome, à agência Lusa.
Este comerciante de arte considera ser “natural” que o Covid-19 influencie no resultado final da feira, porque “as pessoas evitam viajar como antes” com receio de contactarem com pessoas infetadas.
A Mobile World Congress (MWC), a maior feira mundial de telecomunicações móveis, cujo início estava previsto para 24 de fevereiro, foi cancelada devido a sucessivas desistências dos participantes face ao receio associado ao novo coronavírus.
“Aqui há muitos estrangeiros, mas não muitos asiáticos como aconteceria em Barcelona”, explica Manuel Santos.
“O vírus terá um efeito colateral. Alguma repercussão vai ter sem dúvida, mas se é importante só poderemos ver no final da feira”, afirmou Pedro Cera.
Na feira espanhola estão este ano 13 empresas portuguesas comerciantes de arte, o mesmo número de galerias de 2019.
O Ministério da Saúde espanhol anunciou hoje que o nível de risco “moderado” será mantido, de forma a garantir a identificação precoce de eventuais casos no país, que já contabiliza um total de 10 casos de infeção.