Piloto morto no Dakar correu por equipa de Coimbra

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Paulo Gonçalves, o piloto de motos português, que morreu ontem na sequência de uma queda no rali Dakar, na Arábia Saudita, viveu vários anos em Coimbra onde ganhou destaque na modalidade, representando a equipa da cidade Motogomes.
O piloto, de 40 anos, chegou a Coimbra aos 16 e aqui cresceu até aos 24. “Era um menino que veio de uma aldeia do concelho de Esposende, entretanto fez-se homem na competição. Foi em Coimbra que começou a fazer competição a sério”, conta ao DIÁRIO AS BEIRAS, Paulo Gomes, amigo do piloto e responsável pela equipa.
“Era um piloto completo, mas acima de tudo era um ser humano enorme”, diz com a voz embargada. “O que era importante para ele eram os ideais éticos, se via alguém em dificuldade sempre ajudava, nunca sobrepôs os resultados ao resto”, assegura o amigo em casa de quem o piloto chegou a viver.
“Ganhou connosco 14 títulos nacionais, foi vice-campeão da Europa de Motocross, campeão europeu de Enduro. Saiu quando teve o primeiro grande contrato profissional a nível internacional e foi representar a GasGas”, afirma Paulo Gomes, a quem o malogrado piloto costumava tratar por “boss”.
“Nunca esqueceu Coimbra, nem os amigos. Era uma pessoa muito humilde. Os ideais dele eram a família, os amigos e os princípios éticos, só depois vinha a competição”, recorda.
Durante o tempo em que esteve em Coimbra, Paulo Gonçalves participou em inúmeras provas e chegou a ser agraciado com um prémio do DIÁRIO AS BEIRAS. A notícia da sua morte correu o mundo e ontem o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa, entre outros, lamentaram a perda, lembrando o episódio de altruísmo que protagonizou no Dakar de 2016 quando parou para ajudar um companheiro.

Notícia completa na edição impressa de hoje

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