Opinião: O mundo a semana passada – A GEOPOLÍTICA da semana

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19 Janeiro DOMINGO ANCARA O presidente da Turquia Recep Erdogan justificou a sua intervenção militar na Líbia, com o facto do governo líbio do Acordo Nacional, ser reconhecido pela ONU, enquanto que os rebeldes do marechal Khalifa Haftar não têm legitimidade internacional. Estas forças são apoiadas pela Rússia, Arábia Saudita e Egito. O que está em causa são interesses económicos, visto Ancara ter fechado um acordo com o governo de Trípoli sobre o direito a zonas ricas em hidrocarbonetos, no Mediterrâneo Oriental.

20 Janeiro SEGUNDA MAPUTO Na tomada de posse para presidente da república de Moçambique, Filipe Nyusi, expressou uma mensagem de positividade para o país, insistindo, fundamentalmente na paz, como objetivo essencial da sua ação política e desenvolvimento de Moçambique. Neste acontecimento da tomada de posse de Nyusi, estiveram presentes três chefes de estado lusófonos: Marcelo Rebelo Sousa, de Portugal, Carlos Veiga de Cabo Verde e João Lourenço de Angola.

21 Janeiro TERÇA WASHINGTON O presidente Trump completa três anos de um governo errático, fonte de instabilidade mundial e sob a ameaça do impeachment. À chegada a Davos, na Suíça, mostrou-se, uma vez mais, arrogante. Insistiu no atual desenvolvimento económico dos Estados Unidos, e nos benefícios que daí advém para os trabalhadores norte-americanos e as suas famílias, bem como mostrou o desprezo dado ao início da discussão do seu impeachment no Senado dos EUA.

22 Janeiro QUARTA BEIRUTE Após três meses de vazio político, o novo governo do Líbano tomou posse. O novo primeiro-ministro, Hassan Diab, comprometeu-se a adotar medidas de carácter económico-financeiro para ultrapassar a crise existente naquele território, como são expressão as sistemáticas manifestações das populações. O presidente do país, Michel Aoun, não esconde a difícil tarefa que o novo governo, politicamente alinhado com o Hezbollah, tem pela frente.

23 Janeiro QUINTA CARACAS Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana, deixou o seu país para visitar Bruxelas a fim de pedir o apoio das instituições da União Europeia na luta política contra o presidente Nicolás Maduro. Guaidó reuniu-se com o espanhol Josep Borrell, chefe da diplomacia da União, e com vários membros do Parlamento Europeu. O apoio europeu é visto como fundamental para que o país continue na linha da frente do interesse da comunidade internacional.

A acompanhar durante a próxima semana

 Trípoli – Na guerra na Líbia, é preocupação a reação da Grécia, Egito, Chipre e Israel, que ficaram à margem do acordo de Ancara com o governo da Trípoli sobre o Mediterrâneo.

Elkader – Joe Biden continua a sua campanha para a ”Casa Branca” com a visita ao Estado do Iowa, e com um violento ataque à política externa de Trump.

Kiev – As caixas negras do Boeing ucraniano abatido acidentalmente pelo exército do Irão, encontram-se na Ucrânia, e serão analisadas por peritos internacionais.

Belgrado – Belgrado mantém vivas as aspirações de adesão ao bloco europeu mas também reforça os laços com a Rússia.

Taipé – A China continua a pressionar por todos os meios o governo de Taiwan, economicamente, financeiramente, politicamente e com ameaças militares.

Davos – O Presidente Trump apresentou o seu primário pacto comercial com a China. Seguir-se-ão as conversações com a União Europeia.

Buenos Aires – Continuam as discussões do governo peronista de esquerda da Argentina, de Alberto Fernández, com o FMI.

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