As depressões Elsa e Fabien fustigaram o distrito de Coimbra e deixaram marcas que, cerca de uma semana depois, ainda são bem visíveis.
O município de Montemor-o-Velho foi um dos mais afetados e procura, por estes dias, recuperar dos efeitos da intempérie.
As infraestruturas desportivas não escaparam à passagem do mau tempo, com o Centro Náutico de Montemor-o-Velho (CNMV), local onde está instalado o Centro de Alto Rendimento (CAR) que serve modalidades como a canoagem ou o remo, a ser um dos espaços mais fustigados pela subida do caudal do Rio Mondego.
O valor total dos estragos ainda está a ser calculado, mas a limpeza do local já começou.
Numa iniciativa da Câmara de Montemor-o-Velho (CMMV) e da Federação Portuguesa de Canoagem (FPC), com o apoio da Federação Portuguesa de Remo (FPR) e da Federação de Triatlo de Portugal (FTP), cerca de 150 pessoas ajudaram, no dia de ontem, a limpar o espaço que é “a casa” da canoagem e do remo portugueses.
“Seguramente não ficará completa a limpeza, mas é necessário recuperar este Centro de Alto Rendimento porque é a nossa “casa””, revelou o presidente da FPC, Vítor Félix.
“Gratos a todos os
que apareçam aqui”
Os danos são visíveis em vários equipamentos. “Estamos muito preocupados com a balizagem da pista, os sistemas de partida, tudo o que é material elétrico e eletrónico, o próprio ginásio. Estamos a começar esse primeiro levantamento para depois, junto das autoridades da administração pública desportiva, poder reclamar, se houver, algum valor, para que o Centro de Alto Rendimento volte ao seu normal funcionamento”, assumiu Vítor Félix.
“Estamos muito satisfeitos com a afluência. Temos inúmeros clubes, desde Vila Nova da Barquinha a Esposende, bem como o auxílio dos nossos atletas. Estamos muito satisfeitos e gratos a todos os que apareçam”, enalteceu.
O espaço, propriedade da autarquia de Montemor-o-Velho, ainda está longe da normalidade, mas o dirigente estima que “dentro de um mês”, a canoagem lusa possa voltar a utilizar as instalações.
A acompanhar a limpeza esteve também o vice-presidente da CMMV, José Veríssimo. “As águas, mesmo em 2001, não chegaram a um nível tão elevado como esta ano. Nunca se esperou que, nesta zona, tivesse subido aquilo que subiu. Os prejuízos são avultados”, lamentou.
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