Melingo: “Soldado do tango e do rock” sobe ao palco do Convento São Francisco

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Já lhe chamaram um “soldado do tango e do rock”, que carrega a Argentina no peito. Dono de uma voz sussurrada, Melingo faz das palavras fogo e poema. A elas (às palavras), alia a extravagante teatralidade dos gestos. Esta noite, Melingo – essa referência do novo tango –, apresenta-se em Coimbra, na antiga igreja do Convento São Francisco, em quinteto, com novo repertório e as suas músicas mais conhecidas.

Nascido em 22 de outubro de 1957, em Buenos Aires, na Argentina, o músico é frequentemente aclamado como uma das mais estimulantes vozes das metamorfoses do tango. As suas músicas reinventam o tango, mas com sem nunca o descaracterizar. Melingo, como já se escreveu, é o seu próprio mito: foi estrela dos palcos rock alternativos da Argentina na década de 80, ajudou a inventar a movida de Madrid, e estudou todos os mestres, de Gainsbourg a Nick Cave, de Tom Waits à lenda do tango El Polaco.

Aos 15 anos começou a estudar clarinete no Conservatório Nacional. Na década de 70, o golpe militar (em 1976) e a ditadura, fizeram com que emigrasse para o Brasil, onde tocou com Milton Nascimento. Em 1995, depois de também ter passado uma década entre Madrid e Londres, reestabeleceu-se na Argentina e começou a sua carreira a solo. Em 2007, com “Maldito Tango”, ganhou o Prémio Gardel para melhor disco de tango no seu país natal.

Em 2015, ganhou o Konex Award – Diploma of Merit como um dos cinco melhores cantores de tango da década na Argentina.

No seu último trabalho, “há referências mais do que certeiras que posicionam o novo trabalho de Melingo entre o realismo e a fantasia, feito de palavras e imagens fortes e de uma música absolutamente singular onde ao tango se juntam referências de Serge Gainsbourg a Erik Satie. Sinal claro de que o universo deste incrível criador argentino continua em expansão e cada vez mais refinado”, refere empresa Urugu, que produz o concerto.

Festival Misty Fest

Esta noite, Melingo (voz e clarinete) sobe ao palco com Rodrigo Guerra (guitarra e bouzouki), Juan Ravioli (teclado e baixo), Juan Ravioli), Rodrigo Gomez (bateria e samples) e Facundo Torres (bandoneon).

Os bilhetes custam 10 euros com descontos para estudantes, maiores de 65 anos e grupos a partir de 10 pessoas (oito euros).

O concerto do artista argentino é o primeiro a decorrer em Coimbra no âmbito do festival Misty Fest, que toma conta de salas de referência em diferentes cidades do país – vai decorrer também em Lisboa e Porto à Figueira da Foz, Aveiro, Vila do Conde e Braga.

Pode consultar a notícia completa, bem como o suplemento Gente, de 8 páginas, na edição impressa desta sexta-feira, 1 de novembro, do Diário As Beiras

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