Apenas um quarto dos órgãos de tubos da região de Coimbra está funcional

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Estima-se que dos 40 órgãos de tubos existentes na região de Coimbra apenas 10 estejam funcionais, disse ontem o diretor distrital de Coimbra da Fundação INATEL.
Provavelmente, aqui encontra-se a concentração mais relevante de órgãos de tubos ibéricos, acredita Bruno Paixão, mas apenas alguns estão “em condições de ser ouvidos” porque houve quem investisse na preservação desse património, legado que é preciso honrar.
Assim, o dirigente defende que “devemos unir-nos (…) para procurar a valorização do órgão de tubos”, inclusivamente com recurso ao mecenato privado.
Sublinha que se trata de um instrumento cuja configuração tradicional no país é parte da cultura portuguesa e “identifica-nos como povo”.
As declarações foram feitas na conferência de imprensa de apresentação do Ciclo de Órgão de Tubos, organizado pela Fundação INATEL, que vai levar cinco concertos a cinco concelhos da região de Coimbra até ao final do mês de outubro.
Os órgãos que vão ser protagonistas neste ciclo são o da Igreja de Ançã (Cantanhede), o do Mosteiro de Semide (Miranda do Corvo), o da Igreja da Misericórdia de Tentúgal (Montemor-o-Velho), o do Mosteiro do Lorvão (Penacova) e o da Igreja do Seminário Maior (Coimbra).
Para além dos concertos, a programação está recheada de visitas guiadas, degustações de produtos regionais, entre outras iniciativas. Os concertos são de entrada livre, mas algumas das atividades complementares requerem inscrição. Duas das atividades têm ainda um custo associado.
Pedro Cardoso, vice-presidente da Câmara Municipal de Cantanhede (parceira do evento), acredita que este ciclo pode ajudar a “dar voz aos [órgãos de tubos] que ainda continuam mudos”, ao “espicaçar as entidades”.
Os municípios de Cantanhede, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho e Penacova apoiam este evento. Questionado sobre a ausência do município de Coimbra, Bruno Paixão esclareceu que esta também foi convidada a associar-se, mas não respondeu. No entanto, garante que o convite se mantém.
A Diocese de Coimbra é também parceira do evento e o vigário geral Pedro Miranda explica que 90% dos órgãos de tubos estão em igrejas, pelo que é necessário o mínimo de coordenação entre as entidades.
O evento conta ainda com o apoio da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra e da Direção Regional de Cultura do Centro.

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