O prémio literário António Cabral, instituído bienalmente pela Câmara de Vila Real, foi atribuído este ano ao escritor António Canteiro pela obra de poesia “Não fosse o tumulto de um corpo”, anunciaram hoje os promotores.
O prémio literário António Cabral pretende ser uma homenagem ao poeta do Douro, que faleceu em 2007, e visa também estimular novas produções literárias.
A vereadora da Cultura da Câmara de Vila Real, Eugénia Almeida, disse hoje, em conferência de imprensa, que à edição deste ano concorreram 136 obras de poesia, originais, muitas das quais de poetas brasileiros.
O professor e escritor Pires Cabral, do Grémio Literário Vila-Realense, anunciou que o júri escolheu o livro “Não fosse o tumulto de um corpo”, da autoria de António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz, um técnico superior da Direção Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, com 55 anos e residente em Febres, Cantanhede.
O júri considerou que se trata de uma obra que “revela uma forte sensibilidade poética” e com “inegável qualidade linguística, imaginativa e musical”.
O premiado já escreveu obras de romance e poesia como a “Parede de Adobo”, “Ao redor dos muros”, “Largo da capella”, “O silêncio solar das manhãs”, “Logo à tarde vai estar frio” ou a “Casa do ser”.
Publicou ainda o trabalho de investigação sobre a etnia cigana “Questões étnicas, questões éticas”.
O prémio no valor de 5.000 euros vai ser entregue no sábado, em Vila Real, no decorrer do Encontro de Escritores Transmontanos e Durienses.