Vindima de grande qualidade na Bairrada anuncia bons vinhos e espumantes

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A Bairrada produzirá “ligeiramente menos” vinho em 2019 do que em 2018, mas a qualidade será melhor, sobretudo nos espumantes Baga, que beneficiam de “condições climatéricas ideais em setembro”, referem responsáveis locais pelo setor.

“Menos quantidade, mas melhor qualidade”, resume César Almeida, da Estação Vitivinícola da Bairrada, entidade que acompanha a produção de vinho na Bairrada.

Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola da Bairrada, destaca que “a uva teve condições climatéricas ideais de desenvolvimento”, estimando que a produção total atinja entre 26 e os 28 milhões de litros.

A queda de produção deverá ser ligeira, sobretudo nos vinhos tintos. Tendo em conta os dados de fevereiro, no período de “nascença da uva”, os produtores chegaram a prever que houvesse uma queda grande na produção, mas Pedro Soares estima à agência Lusa que a perda seja ligeira, avançando que as primeiras vindimas estão a correr muito bem, sobretudo na zona de Cantanhede.

Numa coisa, produtores e especialistas estão de acordo: as condições climatéricas, com um setembro quente e seco e períodos de grande calor em junho e julho apontam para uma safra de grande qualidade.

Alexandrino Amorim, das caves de São Domingos, salienta que este ano “a produção é boa, a quantidade é que é menor”. Estas caves tradicionais da Bairrada, que colhem anualmente mil toneladas de uvas, de mais de cem hectares de vinhas, apostam sobretudo na casta Baga para espumantes, marca registada da região.

“Iniciada a vindima para espumante, constatou-se um enorme equilíbrio de acidez nas uvas já vindimadas – nas brancas, Maria Gomes, Chardonnay, Bical, Cercial e Arinto, e nas tintas, Baga e Pinot Noir, maioritariamente”, refere o crítico de vinhos, Miguel Ferreira.

Em 2018, a produção de vinhos na Bairrada registou um aumento de oito por cento, atingindo a marca de sete milhões de garrafas.

A Bairrada tem atualmente cerca de 2.400 produtores vinícolas, que exploram 6.500 hectares de vinha, de acordo com os registos da Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB).

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