Opinião – Pipi das Meias Altas

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Guterres foi taxativo quando afirmou que a Cimeira da Acção Climática não tinha sido convocada para se fazerem discursos nem negociações, mas para se tomar medidas e assumir compromissos. O nosso Presidente Marcelo Rebelo de Sousa prometeu isso mesmo, acção, tendo Portugal sido o primeiro país a aderir ao objectivo de neutralidade carbónica, num conjunto até agora formado por 66 países e dezenas de outros a assumir o compromisso de acelerar o combate às alterações climáticas.
Apesar do apelo de Guterres, do que se falou, afinal de contas, foi do discurso da jovem e famosa Greta Thunberg, uma miúda que não pode negociar, nem assumir compromissos. Da minha parte, com tranças, é da sueca Pipi das Meias Altas que eu gosto mais. Com o nome Greta, a Garbo é de longe a minha favorita. Ao contrário desta mais recente e famosa Greta, a Pipi das Meias Altas não tinha mãe e o pai andava pelos mares. Esta tem pais, devia era estar na escola e os adultos podiam e deviam protegê-la, em vez de inflamarem a sua revolta com convites para aparições e choro e gritaria. Dizem que tem 16 anos, aparenta ter 10 e fala como se tivesse 30. Uma autêntica chiclet, um produto de consumo imediato, outrora cantavam os Taxi.
A Greta iniciou a greve pelo futuro, inspirando milhares de jovens a segui-la (grande coisa, inspirar jovens a faltar à escola, em especial à 6ª feira) e a quem lhe diz que deveria era estar a estudar, responde que o assunto dela é uma emergência, que não tem que estar na escola porque não tem futuro. Isso, fia-te na Virgem e não corras que se está mesmo a ver que o mundo acaba daqui a dias. Mas numa coisa tem razão, roubaram-lhe a infância, a questão é se quem o fez é quem ela acusa: os líderes mundiais.
É evidente para mim que quem lhe roubou a infância, em primeiro lugar, foram os pais, pois filha minha não andaria em tournées pelo mundo fora com discursos tão inflamados quanto populistas, a tratar de assuntos de adultos. Depois, foram as agências ambientalistas que parece que patrocinam a pequena Greta e os seus pais, permitindo-lhes já, dizem as más-línguas, ter angariado uma “pequena” fortuna.
À parte disto, o que têm os discursos de Greta de novo para lhes ser dada tanta atenção? Rigorosamente nada que não se diga desde os anos 80, apenas tranças, lágrimas e a evidência de que a adolescente está cada vez mais sob uma pressão desajustada à sua idade e, por isso, num crescente desequilíbrio emocional.

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