Remuneração bruta mensal por trabalhador subiu 3,4% para 1.180 euros no 2.º trimestre

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A remuneração bruta mensal média por trabalhador aumentou 3,4% no segundo trimestre deste ano, relativamente ao mesmo período de 2018, para 1.180 euros, acelerando ligeiramente face ao trimestre anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Em junho de 2019 (trimestre terminado em junho de 2019), a remuneração bruta mensal média por trabalhador registou um acréscimo homólogo de 3,4%, passando de 1.141 euros em junho de 2018 para 1.180 euros em junho de 2019. Esta variação corresponde a uma ligeira aceleração, de 0,1 pontos percentuais, do crescimento observado em março de 2019 (3,3%)”, refere o instituto estatístico.

A remuneração bruta regular mensal média por trabalhador (que exclui, entre outras componentes salariais, os subsídios de férias e de Natal e tem, por isso, um comportamento menos sazonal), registou também um acréscimo homólogo de 3,4%, passando de 923 euros em junho de 2018 para 954 euros em junho de 2019.

De acordo com os dados do INE, também esta componente registou uma aceleração – mas maior – do crescimento em relação a março de 2019 (mais 0,3 pontos percentuais), na sequência de uma tendência de aceleração já iniciada em dezembro de 2017.

Em termos reais, isto é, descontando o efeito da inflação medida pelo índice de preços no consumidor (IPC), a remuneração total registou um acréscimo homólogo de 2,9% e a remuneração regular registou um acréscimo homólogo de 2,8%.

Por setores de atividade, a remuneração total variou em junho entre 787 euros nas atividades da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca e 3.372 euros nas atividades da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

Por seu turno, a remuneração regular variou entre 653 euros nas atividades administrativas e dos serviços de apoio e 2.521 euros nas atividades da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio.

Em relação ao período homólogo de 2018, a maior variação da remuneração total foi observada nas atividades da educação (6,0%), seguida da dos transportes e armazenagem (4,8%) e da do alojamento, restauração e similares (4,3%).

Quanto à remuneração total nas atividades financeiras e de seguros e nas da eletricidade gás, vapor, água quente e fria e ar frio, permaneceu quase inalterada (0,2%), enquanto as maiores variações da remuneração regular aconteceram nas atividades de transportes e armazenagem (6,3%) e da educação (5,8%) e a menor foi registada nas atividades financeiras e de seguros (0,8%).

Analisando a evolução das remunerações e do emprego nos últimos cinco anos, o INE reporta que, entre o primeiro semestre de 2014 e o primeiro semestre de 2019, a remuneração total aumentou 10,2% em termos nominais e 6,1% em termos reais, passado de 1.024 euros para 1.128 euros.

No mesmo período, a remuneração regular aumentou 9,9% em termos nominais e 5,8% em termos reais, evoluindo de 867 euros no primeiro semestre de 2014 e 952 euros no primeiro semestre de 2019.

Do primeiro semestre de 2014 ao primeiro semestre de 2019, o número de trabalhadores aumentou 23,2% e a remuneração total aumentou 10,2%, sendo que os setores de atividade que registaram aumentos mais elevados do que no total da economia (simultaneamente na remuneração total e no número de trabalhadores) foram as atividades imobiliárias e o alojamento, restauração e similares, com crescimentos de 48,0% e 46,1% no pessoal ao serviço, respetivamente.

Já os setores de atividade cujas variações da remuneração e do emprego foram ambas inferiores às nacionais foram a eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, as atividades financeiras e de seguros e, em menor grau, as outras atividades de serviços.

O INE procede ainda a uma análise, por setor de atividade económica, da relação entre o salário mínimo nacional e a remuneração regular, reportando que, entre o primeiro semestre de 2014 e o mesmo período de 2019, a Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG) registou um aumento nominal de 23,7% (de 485 euros para 600 euros) e real de 19,2%, enquanto a remuneração regular aumentou 9,9% em termos nominais e 5,8% em termos reais.

Segundo nota o instituto estatístico, a relação entre a RMMG e a remuneração regular “revela uma grande heterogeneidade entre setores de atividade, a qual se caracteriza também por uma elevada persistência temporal”, tendo alguns setores um salário médio muito próximo da RMMG, enquanto outros praticam um salário médio equivalente a mais de quatro vezes o salário mínimo.

Assim, no primeiro semestre de 2019 eram três as atividades em que a RMMG correspondia a mais de 4/5 da remuneração regular média: as atividades administrativas e dos serviços de apoio (92,1%), a agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (89,8%) e o alojamento, restauração e similares (87,4%).

Pelo contrário, em três atividades a RMMG correspondia a menos de 2/5 da remuneração regular: eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio (23,9%), atividades financeiras e de seguros (29,3%) e atividades de informação e comunicação (37,5%).

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