Lousã: Câmara aprova voto de pesar por Louzã Henriques

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A Câmara da Lousã aprovou hoje um voto de pesar pelo falecimento do médico e etnólogo Louzã Henriques, realçando o percurso político, profissional e cultural do antifascista oriundo da Serra da Lousã.

Nos anos 50 e 60 do século XX, quando frequentava a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC), Manuel Louzã Henriques, que morreu há uma semana, com 85 anos, “integrou diversos grupos e organismos, demonstrando uma forte intervenção cívica e sendo um antifascista de referência”, afirma a autarquia, presidida por Luís Antunes (PS), no comunicado em que divulga o voto de pesar aprovado por unanimidade.

“A defesa das suas convicções e da liberdade levaram a que – em abril de 1962, enquanto aluno da FMUC e quando cumpria o estágio de medicina – tenha sido preso pela PIDE. Após a sua libertação, concluiu a licenciatura e a especialidade em psiquiatria”, adianta, ao recordar que, em 1993, o intelectual, militante do PCP desde 1958, foi distinguido com a Medalha de Mérito Concelhio.

O antifascista, que morreu de doença no dia 29 de julho, em Coimbra, era natural do Coentral, concelho da Castanheira de Pera, no distrito de Leiria, mas tinha “uma forte relação com a Lousã, terra natal do seu pai”, Diamantino Henriques, onde está situado o Museu Etnográfico Dr. Louzã Henriques, que acolhe “parte significativa do seu acervo museológico de cariz etnográfico, constituído por coleções únicas de cestaria, arados, cangas, carros de bois, entre outros objetos e coleções”, segundo a nota.

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