Projeto “Dar a Ouvir” volta a mostrar a cidade de Coimbra através dos seus sons

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A terceira edição do projeto “Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade” arranca na quinta-feira, estende-se até 01 de setembro e convida todos os interessados a conhecer a cidade e as suas histórias e memórias através dos sons.

Tendo como tema central “A Fala do Mundo”, o projeto continua a ter como matéria-prima ou ponto de partida dos trabalhos apresentados o Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra, desdobrando-se em instalações, exposições, concertos e ‘performances’.

A iniciativa, desenvolvida pela Câmara Municipal de Coimbra e pelo Serviço Educativo do Jazz ao Centro Clube (JACC), “destaca a relevância do património sonoro e tem como objetivo, em cada edição, o trabalho de recolha e incorporação de novos registos no Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra”, refere o município, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Durante a edição deste ano, o público pode fazer parte de um concerto com o paisagista sonoro Luís Antero, interagir com instrumentos musicais criados e desenvolvidos por Victor Gama numa exposição no Convento São Francisco ou embarcar num percurso sonoro de Ana Bento, entre o Salão Brazil e o Convento, onde poderão encontrar histórias dos lugares que compõem a cidade.

Na programação, está ainda incluída uma instalação que junta a ilustradora Ana Fróis, o músico Luís Pedro Madeira e o escritor João Pedro Mésseder, uma ‘performance’ de Adriana Sá e John Klima nos claustros do Convento São Francisco, um concerto para bebés intitulado “Marimba na Cidade”, um percurso sonoro proposto por Carlos Alberto Augusto, que pretende fazer “ressoar diferentes espaços do Convento”, ou concertos de Rafael Toral e de Pedro Carneiro com Victor Gama.

Para o diretor do JACC, José Miguel Pereira, o ponto central do “Dar a Ouvir” é o trabalho em torno do Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra, projeto que funciona como um ponto de partida para os artistas convidados.

Há quem use os sons desse arquivo e há quem ande de gravador em punho pela cidade a recolher novo material, explica, referindo que a ideia é manter esse arquivo vivo, garantir que fica aberto à comunidade e a apropriações criativas.

Apesar de se trabalhar com sons da cidade, José Miguel Pereira considera que a ideia do projeto não está apenas centrada em Coimbra, mas num conceito que procura chamar a atenção “para a escuta como forma de conhecer o mundo”.

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