O Ministério Público de Coimbra anunciou hoje que deduziu acusação contra 28 arguidos no âmbito do inquérito que investiga alegadas irregularidades no processo de reconstrução das casas que arderam no incêndio de Pedrógão Grande, em junho de 2017.
Na página da Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra, o Ministério Público (MP) do Departamento de Investigação e Ação Penal de Coimbra revela que deduziu acusação contra 28 arguidos “no âmbito do inquérito onde se investigaram as irregularidades relacionadas com a reconstrução e reabilitação dos imóveis afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande”.
No despacho de encerramento foi ainda “determinado o arquivamento ou separação de processos quanto aos restantes 16 arguidos”, já que a PJ tinha apresentado, no dia 01, um procedimento para acusação de 44 arguidos.
A acusação, refere a nota do MP de Coimbra, refere-se à prática de 20 crimes de burla, 20 crimes de prevaricação de titular de cargo político, 20 crimes de falsificação de documentos, um crime de falsidade informática e um crime de falsas declarações”.
“Foi requerida a perda de vantagens provenientes dos crimes no montante global de 715.987,62 euros”, refere ainda o MP, ao acrescentar que o “despacho final contém 70 despachos de arquivamento total ou parcial dos casos examinados” e que o “processo tem atualmente nove volumes, 90 apensos e 21 anexos”.
O inquérito às alegadas irregularidades na atribuição de subsídios para a reconstrução ou reabilitação de habitações destruídas pelo fogo de 2017 em Pedrógão Grande formalizou 44 arguidos, anunciou no dia 01 a Polícia Judiciária, que finalizou a investigação e propôs acusação.