Do programa de festejos constam as cavalhadas (dia 21 ); o Banho Santo (à meia noite de 23 ); ranchos populares nas praças e largos da cidade, com cantares e danças em pavilhões caprichosamente iluminados e ornamentados; concertos musicais em diversos pontos da cidade; (…) a Batalha de Flores (na Av. Saraiva de Carvalho); as visitas e passeios (ao museu municipal, ao Cabo Mondego e à Morraceira); receção dos grupos de excursionistas na estação ferroviária; cortejo luminoso à praia (no momento do Banho Santo); festival das crianças (dia 24 ) no Coliseu Figueirense, com números de ginástica sueca, luta de tração, saltos em altura e à vara…
Lembrei-me do parágrafo anterior, retirado da Gazeta da Figueira, de 6 de maio de 1914, enquanto visitava, desta vez com primos brasileiros, o palácio mandado edificar por Joaquim Sotto Mayor por esta altura, uma luxuosa vivenda de estilo francês integrada num revigorante e romântico jardim, que desde o verão do ano passado pode ser de novo visitada com orientação informada.
No final do séc. XIX concluiu-se a ligação ferroviária a Vilar Formoso (via Pampilhosa, precisamente a 1 de julho) que foi inaugurada oficialmente ( 1882 ) pelo rei D. Luís, rainha D. Maria Pia e príncipes D. Carlos e D. Afonso, na Figueira, foi criada a Companhia Edificadora Figueirense, ligada a projetos de urbanização pensados (Bairro Novo de Santa Catarina), inaugurado o mais antigo Casino da Península Ibérica ( 1884 ), o Mercado Municipal Engenheiro Silva ( 1892 ) e o Coliseu Figueirense ( 1895 ). Ousar. Planificar. Construir o Futuro.