Opinião: A Caminho da Esperança IV – A libertação da escravatura no desporto

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Que Coimbra seja o paradigma do que há que fazer e que a Associação Académica de Coimbra, após o período turbulento, ressurja, e que possa ser a luz que ilumina essa esperança.

Que se estenda desde já à Comunidade dos Povos da Língua Portuguesa.

Exemplifico com Mário Torres, Victor Campos, Mário Campos, Manuel António, Francisco Andrade, António Marques, Luís Eugénio, Joaquim Rodrigues Branco, Mário Wilson, cidadãos e profissionais exemplares. Desportistas, tais como os enumerados, tinham outra preparação alternativa. Isso permitia ter trabalho e fixar-se em qualquer local do mundo, se por qualquer razão se alterasse o caminho da história.

E, hoje, é mostruário do dia-a-dia: manter a dignidade pessoal e profissional só é e será possível se o ensino, formação e educação forem diferentes do que está a ser praticado.

Nesse ensino, o saber, o saber fazer, saber utilizar os conhecimentos, saber imaginar, saber criar, saber produzir e ser humilde, mas mantendo a dignidade, terão de ser os suportes do que há que fazer e acontecer.

Coimbra já teve ensaiado esse sistema de ensino, tanto é que, estando entre nós a professora Anne Marie David, professora catedrática da Universidade de Estrasburgo, deputada europeia e presidente da Comissão Europeia do Ensino Superior, no meu gabinete, disse: “Se vos deixarem instituir este sistema de ensino, dentre de 25 anos, quem manda no vosso país são os vossos alunos. Oxalá vos deixem. Na Índia estão a tentar fazer o mesmo ou semelhante”.

A última vez que a encontrei foi na Sorbonne, no doutoramento do arquitecto Santiago Faria. Na altura, presidia à comissão que estava a negociar o ingresso da Turquia na União Europeia.

O momento actual dá-lhe razão. Foi profeta: não há quem mande nem sabendo mandar. Há que alterar o que está a acontecer. Que a partidarice associada a uma certa dose de inveja termine e chegue a nova alvorada para um mundo em que se institua a Liga dos Deveres do Homem, coabitando com a Liga dos Direitos, da ONU, em que na equação direitos sobre deveres, os deveres prevaleçam sobre os direitos o que, de facto, não está a acontecer, ou seja, o servir e não servir-se.

A Académica precisa de uma nova luz. Que Coimbra seja o centro da irradiação dessa luz, para que termine a agonia do planeta Terra.

Muito se fala, pouco se faz. Que o Criador inspire e nos inspire. Que a zona Centro, que Coimbra volte a ser o apogeu e inspire pelo exemplo os seus governantes. É esta a minha esperança e convicção e adoça-me a certeza que assim será.

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