Opinião: A beleza e o belo

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Chegados que somos, a um tempo que um tempo consentiu com a sua enorme generosidade, questionamo-nos sobre o que é realmente o tempo!

Santo Agostinho respondeu de forma eloquente, como sempre que; “eu sei o que é o tempo, mas assim que me perguntas deixo de o saber”. (Elogio da Lentidão)

E assim nos manteremos na ignorância sobre o tempo, porque o tempo assim o deseja. Se calhar, contra a vontade de muitos, que acham que “tempo” é o “seu tempo”!

Vale a pena citar livros e autores porque, ao contrário dos inteligentes, os curiosos procuram, não ser inteligentes, mas o conhecimento!

Eu só sei é que, no nosso mundo das compreensões fáceis de digerir, “sem tempo”, aparece o súbito esquecimento de nomes – está mesmo debaixo da língua – ainda que, há quem diga, que a grande maioria do conhecimento dos factos se mantêm para além do tempo!

É terrível quando não temos tempo para nós. Ler, estudar, reflectir sobre o mundo, mais do que sobre o nosso pequeno universo, pode ser entendido até como uma parte determinante do tempo, a preguiça, em que nos afastamos do que é físico.

Somos o que somos e o seu inverso. Criamos o nosso próprio conhecimento, somos ditadores de nós próprios com perguntas para as quais um ror de vezes não temos resposta.

Determina sofrimento mas, no limite, determina conhecimento. Mas também este desapareceu como nossa verdade absoluta, pelo “efeito de efeitos” para os quais o conhecimento não é determinante.

Quando os pensamentos tristes nos teimam em perseguir, o único refúgio que conheço, é a beleza. Há quem diga, “o belo”, porque em si mesmo a encerra. Só que eu sou mais “simplezinho” e, nem tudo o que é belo, é a nossa beleza.

Tenham um bom fim de semana.

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