Consultório de estilo: Glamour do salto alto

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A inclinação de um sapato diz muito sobre quem está a usá-lo. Nem todas as mulheres são capazes de sustentar um salto XV com um sorriso pleno. Há quem diga que salto alto é uma espécie de purgatória para a mulher que decidiu viver em cima do salto.

Se os pés são parte essencial do corpo humano, nos primórdios eles não eram aprisionados como agora. Agulha, carretel, vírgula, cone e plataforma são apenas alguns dos modelos que existem há séculos. Foram essenciais nos tempos dos cavaleiros persas, e símbolo de status que contribuiu para envaidecer o ego do rei francês e ajudou a manter a higiene durante a Idade Média.

A curiosidade acerca do salto alto é: ele foi pensado inicialmente para os pés masculinos. No entanto, foi Catherine de Médicis ( 1519 – 1589 ), esposa do rei Henrique II, uma das primeiras mulheres a apostarem na ideia, ainda no século XVI.
Mas, foi o rei Luís XIV ( 1643–1715 ) da França, quem lançou essa moda, complexado pela baixa estatura, de apenas 1,60cm, pensou numa forma de crescer, aumentando assim o salto dos sapatos. Assim surgia uma nova regra de vestuário que, além da utilidade estética, distinguiria nobres de plebeus.

Apesar disso, foi Luís XV que o popularizou, e também virou nome de um tipo de salto. Segundo João Braga coordenador do curso de História da Moda do Senac, em São Paulo, “o salto era peça exclusiva do vestuário masculino e apenas na corte de Luís XV passou a ser utilizado por mulheres”.

É fácil amar e odiar o acessório, e, ainda, há os que são favoráveis à praticidade e conforto de um sapato baixo. No entanto, o salto alto acentua o shape é sinónimo de feminilidade e, atualmente, pode ser usado tanto de dia como de noite.

Os insubstituíveis scarpins são sexy, minimalistas e transformam qualquer produção, e claro, é preciso passear com os saltos, quase flutuar, não pode transparecer desconfortável e ter o cuidado de não ficar deselegante ao usá-lo. Essa peça é de estética e símbolo feminino de sensualidade e combinam em qualquer produção: com calças, saias, vestidos e shorts, mesmo em ocasiões especiais ou em um simples happy hour o salto alto estará sempre presente no closet de uma mulher.

Há quem diga que Carlota Joaquina tinha sem exagero, dezenas de pares, onde se destacavam os vermelhos e os de salto alto. No cinema e na fotografia de ícones da moda, como Marilyn Monroe, no filme “O Pecado Mora ao Lado” ( 1955 ), surge com um vestido marfim e sapatos Dior – aquela peça passou a ser a mais cobiçada das mulheres. “Não sei quem inventou o salto alto, mas todas as mulheres devem muito a essa pessoa”, dizia Marilyn Monroe.

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