O CHUC admite constrangimentos no serviço de Psiquiatria, no que respeita a vagas para internamento. Em resposta às críticas da Ordem dos Médicos, a administração da unidade refere que estas situações “ resolvem-se com melhoria dos tempos de internamento, o que está a acontecer”.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), recorde-se, denunciou hoje o que diz ser a “realidade desumana” dos doentes de psiquiatria do CHUC, que “passam vários dias na urgência” por não existirem condições de internamento e que “apenas comem bolachas, sopa e leite ou sumos”.
Em resposta, o conselho de administração do CHUC explica que, na génese do problema, está a decisão, em 2009, de criar a urgência psiquiátrica central da região Centro, nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). Ora, isso implicou a abertura de uma sala de observações específica para manter doentes antes da sua orientação para alta ou internamento nos vários hospitais.
É essa situação que a equipa liderada por Fernando Regateiro diz estar a reverter, desde o passado mês de junho. “Hoje, o internamento está centralizado essencialmente no CHUC e a sua justificação deixou de ter motivo”, lê-se no comunicado. O objetivo é evitar que fiquem doentes com mais de 24 horas nesta área, acrescenta.
O documento, distribuído às redacções a meio da tarde, esclarece que o internamento em outros serviços tem sido “esporádico e em situações sem especificidades próprias e com segurança”.
No entanto – admite -, a “capacidade de internamento para doentes do sexo feminino foi afetada ligeiramente em consequência do furacão Leslie, situação que será revertida com uma reestruturação prevista do internamento nos HUC, onde se concentrará a totalidade do internamento de agudos após reorganização do serviço”.
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