Miguel Guedes, de 41 anos, instrutor de surf, e Santiago Boia da Silva, de oito anos, aluno, estavam a praticar aquela modalidade no Cabedelo, praia do sul da Figueira da Foz, quando foram alertados para o pedido de socorro de uma mãe e um filho ainda criança que tinham sido arrastados por uma onda e encontravam-se numa situação de pré-afogamento.
Uma semana depois, o mestre e o aprendiz continuam a rejeitar que protagonizaram um ato heroico. De resto, a humildade, a simplicidade e a generosidade de ambos não lhes permitem corresponder ao arquétipo de herói.
“Sem a ajuda do Santiago, teria de escolher entre salvar a mãe ou o filho”, afirmou Miguel Guedes ao DIÁRIO AS ABEIRAS, uma semana depois da ocorrência. Teria sido, decerto, uma escolha dramática.
“Comecei a remar com as mãos em direção ao menino. Ele estava muito aflito, a pedir socorro. Quando cheguei junto dele, lancei-lhe a parte da frente da prancha e ele agarrou-se a ela. Disse-lhe: “Tem calma, vai falando, que alguém vem buscar-nos””, contou, por seu lado, o pequeno e corajoso Santiago.
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