Pampilhosa da Serra contra prospeção de lítio no território

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O Município da Pampilhosa da Serra, no distrito de Coimbra, anunciou hoje discordar em absoluto com um projeto para extração de lítio naquele território.

Numa nota de imprensa enviada à agência Lusa, o município liderado por José Brito (PSD) diz que “em resposta a um pedido feito pela empresa australiana Fortescue Metals Group Explorations Pty, Ltd à DGEG – Direção-Geral da Energia e Geologia, o executivo da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, deliberou, por unanimidade, não concordar com a realização de uma prospeção e pesquisa de depósitos de minerais ferrosos e metálicos”.

“A decisão foi comunicada na Assembleia Municipal”, realizada no dia 07, “tendo gerado forte e amplo consenso junto dos deputados presentes”.

Em causa, diz aquela autarquia do interior do distrito de Coimbra, “está um pedido de diretos de prospeção e pesquisa, formulado pela empresa acima mencionada, para uma área de cerca de 52 km2, denominada ‘Raposa’, que engloba o território de Pampilhosa da Serra nos limites das povoações de Dornelas do Zêzere, Unhais-o-Velho, Brejo de Cima, Janeiro de Baixo, Porto de Vacas e Carregal do Zêzere”.

José Brito, citado naquela nota de imprensa, fala em “danos irreparáveis que podem ser causados no território” e diz rejeitar perentoriamente esta “exploração a céu aberto”.

O autarca diz que este é um projeto que colide com “a política de desenvolvimento sustentável que o Município tem privilegiado ao longo de vários anos, assente no turismo de natureza, na qualidade do ar, da água, do ambiente e do verde”.

“O Município reitera ainda que mediante os elementos disponibilizados, não há qualquer garantia de que será acautelada a qualidade da água da albufeira da Barragem de Santa Luzia e do Rio Zêzere, para além de que o projeto provocará a descaracterização de uma área significativa do concelho e causará danos irreversíveis tanto na paisagem como na vivência das populações”, lê-se também na nota de impressa.

O vice-presidente da Câmara, Jorge Custódio, por outro lado, apelou à mobilização da população residente na área abrangida pelo designado espaço “Raposa”, mas também a todos os pampilhosenses, residentes e não residentes no concelho.

“A proteção da verdadeira riqueza do território deve ser mantida a todo o custo. Creio que temos a função de ser os verdadeiros guardiões desta natureza e devemos continuar a assumi-la”, concluiu, citado na nota de imprensa.

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