Rali de Portugal: Público satisfeito por voltar a ver a prova na região de Coimbra

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O público que se deslocou hoje até à Serra da Lousã para ver passar o Rali de Portugal mostrou-se satisfeito pelo regresso da prova à região, esperando que seja para manter.

Um mar de gente, a maioria portuguesa e de meia idade, ‘invadiu’ hoje de manhã a Serra da Lousã para assistir ao regresso ao Rali de Portugal à região de Coimbra, que conta também com troços em Góis e Arganil.

O regresso da prova levou João Fonseca, de Vila Nova de Poiares, no distrito de Coimbra, a tirar o dia de trabalho para poder voltar a ver os melhores pilotos mundiais de rali a rasgar a serra.

“Foi só deixar as filhas na escola e vim logo para cá”, disse à agência Lusa o aficionado, residente na região Centro, tal como uma boa parte dos que hoje presenciaram as primeiras passagens da sétima prova do campeonato do mundo.

O homem de 42 anos, que começou a acompanhar o rali aos 14, chegou a ir a Fafe ver a prova, sempre na esperança de que a pudesse voltar a ver na sua região.

“Ainda bem que veio para cá. É merecido”, diz João Fonseca, de 42 anos.

Para Paulo Gaspar, residente em Coimbra, regressar à Serra da Lousã para ver o rali é também recuar 40 anos no tempo e recordar-se dos momentos em que, ainda jovem, apanhava o comboio para aquela zona para passar a noite à espera de ver os seus ídolos, os finlandeses Ari Vatanen e Henri Toivonen – “os mais espetaculares”.

Desde então ficou com “o bichinho do rali”, que o levou ao Norte e ao Algarve para assistir à passagem dos carros.

“É muito bom voltar [o Rali de Portugal à região de Coimbra]. Estou muito satisfeito com o regresso e faz justiça aos troços, mas também ao próprio povo que adere em massa a esta festa”, afirma o empresário de 55 anos.

Fafe “é uma prova mítica, mas Arganil é muito mais. Os verdadeiros adeptos [do rali] são do Centro”, vinca Nelson Chaves, residente de Moimenta da Beira, distrito de Viseu, que começou a ver o Rali de Portugal com 12 anos, a acompanhar os seus irmãos mais velhos.

Para este adepto que foi com um grupo de cinco amigos, esta é uma oportunidade “para o Centro poder apostar no rali”, considerando que, em termos de espetáculo, os troços do distrito de Coimbra “são dos melhores”.

“Esperamos que possa continuar. Nós, no Centro, também somos capazes de receber o Rali de Portugal. Não é só o Sul e o Norte”, sublinha Nelson Chaves.

Já Peetr, da Estónia, veio pela primeira vez a Portugal por causa do rali e deixou-se encantar pelo país.

“O país é muito bonito e os troços de rali são como na Estónia, mas aqui são mais montanhosos. É espetacular e está muito, muito bom”, vinca o estoniano, que apoia o compatriota Ott Tanak, segundo classificado do Mundial de ralis.

A passagem do rali perto da pequena aldeia de Vilarinho, na Lousã, encheu as ruas, estradas e parques de estacionamento de carros e caravanas.

Num dos pequenos estabelecimentos da aldeia, às 07:00, a máquina de moer o café já deixava de funcionar, acusando os pedidos constantes dos que ali se dirigiam.

Já na zona de espetáculo, a bebida de eleição era a cerveja, por entre o público que fazia a festa sempre que um carro passava – até as viaturas da GNR tiveram direito a palmas e gritos.

De telemóvel em punho ou de câmara pronta, todos procuravam captar o momento em que os pilotos do rasgavam uma curva de 180º, para logo depois se afastarem do troço e protegerem olhos e boca das imensas nuvens de pó.

“Com ou sem pó, vale a pena”, afirmou um dos amantes do rali.

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