Opinião: “Liberdade”

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Celebra-se o 45.º aniversário da revolução de Abril. Importa relembrar o caminho feito, o Portugal do antes, o Portugal do depois, e o Portugal de hoje… Só assim percebemos a sociedade que construímos, democrática e com um cimento de liberdade que permitiu mudar as condições de vida dum povo e devolver-lhe a esperança.

Enfatizo todos aqueles que ajudaram a criar condições para que se desse a Revolução, que permitiu construir um País melhor, mais fraterno e mais justo. As revoluções não são feitas só pelas causas que defendem em abstrato, são feitas de um ânimo colectivo, pela inquietude das pessoas, pelo descontentamento humano e principalmente, esta em especial, pela claustrofobia da participação individual, pela violação dos direitos liberdades e garantias de um povo acabrunhado pela pobreza e pela guerra colonial.

Celebraram-se a 17 de abril os 50 anos da crise estudantil em Coimbra. Américo Thomaz e José Hermano Saraiva, então ministro da Educação, viajaram até Coimbra, para participarem na inauguração do Departamento de Matemática da Universidade, e posteriormente inaugurarem o novo Liceu da Figueira da Foz. Alberto Martins, líder da Associação Académica, ousou intervir: “Peço a palavra”.

Este episódio desencadeou uma crise estudantil sem precedentes, foi uma das “machadadas” no “regime” que contribuiu para o período pré revolução. É importante relembrar Abril, pois fatalmente a memória esbate-se e convém não esquecer donde vimos… e o caminho que fizemos!

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