Incêndios: 80% das casas reconstruídas no Centro entregues até ao final do mês

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FOTO DB/CARLOS JORGE MONTEIRO

A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro, Ana Abrunhosa, estimou hoje que, até ao final do mês, estejam entregues 80% das casas que foram reconstruídas na sequência dos incêndios florestais de 2017.

“Em termos do que é o programa de apoio do Governo, à data de hoje, 71% das habitações estão entregues às famílias. Estimamos, até ao final do mês, atingir os 80%”, disse Ana Abrunhosa aos jornalistas, em Tondela, onde hoje à tarde entregou as chaves de mais sete casas reconstruídas às famílias.

De acordo com a responsável, já foram entregues 580 habitações na Região Centro, de um total de 805.

“Cerca de dez dessas 805 habitações foram aprovadas muito recentemente e, portanto, iniciaram obra há pouco tempo”, acrescentou.

Antes de se deslocar para Tondela – onde entregou casas nas localidades de Adiça, Dardavaz, Alvarim, Gândara, Tonda, Lajeosa e Penedo -, Ana Abrunhosa tinha estado em Penacova e em Santa Comba Dão. À noite, estará em Vila Nova de Poiares.

“E tenho elementos da equipa distribuídos pelo resto do território, para tentarmos que as pessoas vão começando a compor as suas casas para a Páscoa”, frisou.

Segundo a presidente da CCDR do Centro, no concelho de Tondela, de um total de 117 casas, a maioria já foi entregue às famílias, ficando “30 em estado muito avançado de construção”.

“É o concelho mais afetado, mais atingido, com mais casas no programa de apoio e é o concelho mais adiantado no processo de reconstrução”, referiu, agradecendo o empenho do presidente da Câmara, José António Jesus, e dos presidentes de Junta de Freguesia.

Na casa de Dardavaz, estavam cinco mulheres do movimento cívico Lírio Azul, que entregaram roupa nova de casa à família.

“Muitas vezes, um pequeno gesto, uma toalha, uma cortina ou um tapete de banho, podem fazer toda a diferença numa família que vai recomeçar do zero”, disse Odete Costa, presidente e fundadora do movimento.

Em outubro de 2017, cerca de 50 pessoas morreram e pelo menos 70 ficaram feridas na sequência dos incêndios na região Centro, que também destruíram total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

Quatro meses antes, em junho, um outro fogo de grandes dimensões em Pedrógão Grande, distrito de Leiria, e que alastrou para outros concelhos, provocou a morte a mais de 60 pessoas.

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