O presidente do Sindicato Unificado da PSP, Peixoto Rodrigues, iniciou hoje uma greve de fome “por tempo indeterminado” em defesa dos profissionais da polícia e exigindo garantias do Governo em resposta a várias reivindicações.
O protesto foi iniciado hoje às 10H00 em Lisboa, frente ao Palácio de Belém, a residência oficial do Presidente da República, em Lisboa, sendo uma “ação programada e planeada a favor da PSP”.
“É uma ação programada e planeada, que não é contra ninguém, mas sim a favor da PSP. Os polícias fazem parte de um corpo especial da administração pública e são dos poucos que não têm direito à greve. Há várias reivindicações em cima da mesa que são do conhecimento do Ministério da Administração Interna desde o ano passado e sem qualquer tipo de resposta ou de início de negociação”, afirmou Peixoto Rodrigues em declarações à agência Lusa.
O presidente do Sindicato Unificado da PSP e dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos de Polícia (Fenpol) diz que só há duas formas para terminar a greve de fome ou “abstenção à ingestão de alimentos sólidos”: ter “garantias da tutela para resolução” das reivindicações dos profissionais ou “ter problemas de saúde e ter de ser hospitalizado”.
Os profissionais contestam o incumprimento de uma decisão do Supremo Tribunal Administrativo que condenou o Estado a pagar os suplementos remuneratórios desde 2010 durante os períodos de férias.
Outra das exigências é o aumento imediato do suplemento por serviço nas forças de segurança, bem como a indexação dos suplementos de serviço, partilha, turno, piquete e comando à remuneração principal de cada elemento policial.