A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Centro defendeu hoje a criação de um fundo entre seguradoras e Estado para habitações de famílias que não possam ter seguro.
“Infelizmente, com as alterações climatéricas já tivemos incêndios, já tivemos tempestades e penso que isso tem de ser uma lição para todos nós. Penso que em termos de sociedade temos de nos organizar, todos temos de ter seguros, e quem não pode ter seguros tem de ser o Estado a apoiar ou ser constituído um fundo com várias seguradoras”, defendeu Ana Abrunhosa.
Neste sentido, a presidente lembrou que “em pouco tempo a região centro foi assolada por três grandes calamidades, dois incêndios e um furacão” e, por isso, defendeu que a sociedade “tem de se preparar, porque nada garante” que a situação “não volte a acontecer”.
“Temos mesmo que preparar estas questões e os seguros, ou com um fundo com as seguradoras e o Estado para garantir que depois, quando elas acontecem, é uma solução que outros países adotam, como o Japão, outros países onde, infelizmente, estas calamidades acontecem todos os anos”, exemplificou.
A responsável da CCDR Centro lembrou que, quando são entregues casas, “as famílias fazem um seguro, isto significa que se acontecer alguma coisa a estas casas elas estão seguras,” mas é “com todas as outras casas do país” que Ana Abrunhosa se mostra “preocupada”.
Ana Abrunhosa mostrou-se “contente com o processo” de reconstrução das casas, até porque, contou, “foram mais os meses em trabalhos administrativos do que propriamente em obras”, lembrando que “há um ano decorria o concurso das empreitadas”.
A presidente da CCDR do Centro falava no final da cerimónia de entrega de sete casas que arderam no concelho de Vouzela nos incêndios de outubro de 2017, sendo que das 38 habitações afetadas, ficam a faltar 11, com entrega prevista “na sua maioria até à Páscoa”.