“Violência doméstica é um crime muito mais abrangente”

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DB-Carlos Jorge Monteiro

Num dia marcado por mais um caso trágico de violência doméstica – um homem matou a sogra e a filha, suicidando-se de seguida – foi ontem renovado o protocolo “Municípios Solidários com as Vítimas de Violência Doméstica” entre a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e a da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP).

“É um dia difícil, mas que nos mobiliza para a ação. Independentemente dos números, bastaria uma mulher ser assassinada, bastaria uma criança ser assassinada para nos destabilizar”, lembrou a secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, que presidiu à cerimónia que decorreu na ANMP.

Acontece, porém, que os números são conhecidos – e ainda assim, com a certeza de que “a violência doméstica é um crime mais transversal e muito mais abrangente”.

De acordo com a governante, “só em 2017, mais de 11.100 mulheres vítimas de violência doméstica recorreram à APAV para pedir ajuda.

Mais: no ano passado, verificaram-se em Portugal mais de 26 mil ocorrências relacionadas com violência doméstica. E, só em janeiro deste ano, o número de homicídios (em contexto de violência doméstica) terá vitimado nove mulheres.

“São mulheres que não conseguiram sair do ciclo de violência. A casa é um dos lugares mais perigosos para as mulheres quando devia ser um lugar de afeto e de tranquilidade. Esta é uma questão de segurança pública”, disse Rosa Monteiro.

“Estamos perante uma situação de urgência” e que exige “uma atuação sem tréguas” para com o “comportamento dos agressores”, sustentou Rosa Monteiro. A governante destacou ainda o papel da educação no combate aos estereótipos de género e apontou que o futuro passa por tornar efetivo a aplicação da lei e melhorar o sistema.

Notícia completa na edição impressa do Diário As Beiras 

 

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