A empreitada ambiental “mais relevante” das cerca de 50 que estão a decorrer no litoral da costa portuguesa é a da Ria de Aveiro, considera ministro do Ambiente, Matos Fernandes, afirmando que vai ser “um fiscal à distância”.
“Estamos a falar de um investimento, com IVA, de 23,5 milhões de euros”, disse Matos Fernandes, durante a celebração do 10.º aniversário da sociedade Polis Litoral Ria de Aveiro (PLRA), que assinou ontem em Ovar o contrato para a empreitada “Transposição de Sedimentos para Otimização do Equilíbrio Hidrodinâmico na Ria de Aveiro”.
A assinatura do contrato envolve dois grupos de obras para a mesma intervenção – o Lote 1, que cobre a extensão desde o canal de Ovar até Pardilhó e Carregal, passando pelo canal da Murtosa, e o Lote 2, focado nos canais de Ílhavo, do lago do Paraíso, de Mira e da zona central da ria.
A obra, que abrange 95 quilómetros, prevê a dragagem de um milhão de metros cúbicos de sedimentos. “Acreditamos que dentro de dois meses conseguiremos estar em obra, para que os 15 meses da empreitada permitam que na época balnear seguinte, de 2020, esta empreitada já esteja concluída”, afirmou Matos Fernandes.
Durante a sessão, o ministro adiantou que estão a ser investidos, na costa litoral portuguesa, 112 milhões de euros e que a tutela espera ainda “pôr de pé” quatro intervenções: o designado “shot de areia” da Figueira da Foz, o “shot de areias” Espinho-Torreira,a lagoa de Óbidos e uma “grande intervenção” na Costa da Caparica.
“Estão a ser investidos mais de 110 milhões de euros em todo o país numa sequência de obras que nunca vai ter fim. Nesta zona centro e norte é onde é mais evidente que a linha de costa recua sete metros por ano e, por isso, não podemos nunca parar”, esclareceu.