É “de consumo” uma sociedade num avançado estádio de desenvolvimento industrial, capitalista – no caso do turismo – , verifica-se ao nível mundial que cada vez mais pessoas têm a possibilidade de a ele aceder, devido ao aumento de rendimentos, dos tempos livres disponíveis, do desenvolvimento dos meios de transporte e dos produtos.
Assim, o “turismo de massas” é caracterizado por fluxos massivos de indivíduos de todas as idades e condições, originários das mais diversas áreas, que se deslocam (mais) em determinadas épocas do ano, com destino a lugares atrativos.
Mas o impacto negativo ao nível da insustentabilidade ambiental e fenómenos como a gentrificação ou a carestia por vezes extrema levam à intolerância face ao turista nas cidades mais populares, pelo que há quem defenda, ou o fim do turista, ou um turismo “de charme”, caracterizado pela exclusividade e personalidade das instalações, pela atenção aos detalhes dos serviços, pelo atendimento personalizado… obviamente só acessível a uma elite, disposta a por isto pagar muito bem.
Na Figueira, quer pela sua história quer pelos seus recursos, podem perfeitamente coexistir estes dois tipos de turismo – um sazonal, associado sobretudo à praia e a hábitos fortemente consumistas, mas sustentável e que não mate a cidade com outro mais distendido pelo ano todo e potenciando em produto turístico os recursos que temos e outros que é urgente criar no concelho. Ou seja, aliar o sunset ao golfe.