Um país desenvolve-se fruto da força de trabalho que, ao acrescentar valor aos outros recursos, gera riqueza e potencia trocas de bens e serviços, mas há que ser inovador e competitivo para manter e captar novos mercados. Para governar bem, há que saber conceber e aplicar políticas facilitadoras do crescimento económico, e ao exercer a função redistributiva do rendimento, repartir melhor parte da riqueza criada, diminuir desigualdades, e promover maior justiça social.
Quem cria valor no nosso país, para além dos custos próprios do seu labor, arca com custos de contexto elevados, alguns deles devidos à ação de autarquias e ministérios que por força de leis, regulamentos, impostos e taxas, agravam os custos de produção. Há também empresas públicas e privadas que prestam serviços essenciais, como telecomunicações, água, resíduos e energias, e que pelos elevados preços praticados sobrecarregam muito as atividades produtivas que ainda têm de suportar muitos outros “custos escondidos”. Por fim, acresce o efeito de imensas burocracias desnecessárias, que afetam excessivamente a fraca competitividade da nossa nação.
Entravando as burocracias o progresso, o atual governo devia ter eliminado leis e regulamentos irrelevantes para a economia. Governar não é para todos, mas para quem sabe regular mercados e melhorar a vida do povo, sendo a eficácia governativa vital para maior competitividade global. Se as políticas industriais visam atenuar atrasos tecnológicos em todos os setores de atividade, e fomentar o investimento onde se julgue que a iniciativa privada poderá criar riqueza de forma sustentada, o respeito pelas muitas leis de concorrência da União Europeia não impede que cada Estado-Membro utilize medidas que permitam atingir o maior desenvolvimento possível. Pelo que é evidente que este governo não fez o necessário para melhorar a competitividade do país.
Investir em transportes coletivos, fixar taxas e impostos moderados, alinhar preços das energias com países concorrentes, são formas de tornar a economia mais competitiva. Assim como maior eficácia e eficiência nos sistemas de educação, justiça, saúde, segurança social, e outros, geram melhores resultados com menos meios e revertem para a sociedade benefícios da diminuição de custos de contexto causados pela administração pública. Mas o que fez, quem governa a nação?
Embora muitos louvem este governo, a verdade é que em 2018 o rendimento nacional só atingiu 74% da média da União Europeia, pelo que fomos ultrapassados por mais seis pequenos países: Estónia, Lituânia, Eslováquia, República Checa e Malta. Será este, o governo que merecemos?
O PS governa este país com o apoio de toda a extrema-esquerda, contando desde 2015 com uma conjuntura económica internacional tão favorável que a recuperação iniciada pela coligação PSD/CDS que na legislatura anterior passou o défice orçamental de mais de 11% para menos de 3% do PIB (riqueza gerada no país), atingiu 0,7% em 2018, embora fruto de muitas cativações, pelo que nem este défice evitou a conflitualidade social que está nas ruas, e que abre telejornais!
O que leva funcionários judiciais, juízes, professores, médicos, enfermeiros, guardas prisionais, e outros, a reclamar melhores condições de vida, e de classe, é o que levaria o povo, se fosse tão instruído como aqueles são, a exigir menores desigualdades económicas e sociais. Mas só se o povo se cansar de quem mente, ao dizer sempre que fará futuramente, virá quem fará realmente!