É cinco anos mais novo que Cantona, retirado há mais de 20 anos. Luís Figo é um ano mais novo e já se reformou há 10 anos. David Beckham, quatro anos mais novo, também já se retirou há quatro anos… Cristiano Ronaldo ainda não era nascido e já João Carlos passeava a camisola 7 pelos relvados – “e nunca usei outro número!”, exclama.
São mais de 40 anos dedicados ao futebol. Quase tanto tempo como os 41 anos de vida do Cova Gala, onde se estreou “neste mesmo pelado”.
Uma história de amor pelo desporto, mas também pela vida.
Em 2014, um acidente de trabalho expô-lo a um choque de 30 mil volts, que o deixaram à beira da morte.
Depois de três semanas em que “não sabia que estava no mundo” e em que “poucos achavam que sobrevivia”, João Carlos deu mais uma mostra da sua “força de vontade”.
“Fiquei com a perna queimada, com um tendão à vista, com os pés queimados… disseram à minha mulher que iria perder o pé esquerdo e alguns dedos da mão. Mas, felizmente, está cá tudo, e consegui dar a volta por cima”, recorda. “É o que se chama fintar a morte”.
Depois de dois meses e cinco dias internado, “toda a gente dizia que o futebol era para esquecer”. “Mas aquilo não me caiu bem. Sempre tive o sonho de jogar com o meu filho. Mentalizei-me que, se não morri, também não era assim que deixava o futebol. Chorei muita lágrima, na praia, sozinho, à noite, a fazer recuperação e hoje cá estou. Realizei o meu sonho e já jogo com ele há quatro épocas”, conta, emocionado.
Notícia completa na edição impressa de dia 11 de fevereiro de 2019
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