Há muito que a Sociedade Boa União Alhadense (SBUA) ambiciona ampliar as instalações. Para o efeito, no início do século, adquiriu um imóvel contíguo, com terreno, que servia de arrumos adega, mas está registado como habitação. Entretanto, a coletividade deparou-se com um complexo labirinto burocrático para transformar as duas propriedades num único artigo predial.
“Estamos na fase da burocracia, para juntar os dois artigos num só. Sem aquele procedimento, o projeto não pode avançar. Pretendíamos que a autarquia nos ajudasse no projeto, mas não foi possível”, contou o presidente da direção daquela coletividade das Alhadas, Fernando Gonçalves. O dirigente não se compromete com a data do início das obras.
“Esperamos que durante este ano o processo burocrático e o projeto se resolvam. Só depois saberemos quanto vão custar as obras, mas serão, seguramente, largos milhares de euros”, frisou Fernando Gonçalves. O presidente da SBUA adiantou ainda que a coletividade vai candidatar a ampliação das instalações a fundos comunitários, se houver um programa financeiro para o efeito.
Cor fora de tom
As obras vão incidir na construção de casas de banho adaptadas para pessoas com mobilidade condicionada, nova sala de ensaios, arquivo, sala multimédia, biblioteca, camarins e cozinha. A sede da SBUA, restaurada em 1998 e 2000, foi concluída em 1929, quatro anos depois do início das obras, tendo sido construída com mão de obra voluntária da população. O edifício da filarmónica tem um dos mais apreciados anfiteatros do concelho.
Fernando Gonçalves, que falava ao DIÁRIO AS BEIRAS na sequência das recentes celebrações dos 164 anos da filarmónica, realçava como principal dificuldade da coletividade encontrar em Portugal fardamento com a cor original. “Muitas fábricas encerraram com a crise e há cada vez menos quem fabrique uniformes e, por outro lado, é difícil encontrar o tom da cor original”, afirmou o dirigente associativo das Alhadas.
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