Opinião: Imprevisível

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Não sabemos o que nos traz 2019. Tal como não sabíamos o que nos traria 2018. E trouxe eventos extraordinários, tal como uma tempestade “zombie” que deveria ter desaparecido no Atlântico, mas que entrou pela Figueira da Foz adentro. Nunca, ninguém tinha visto um fenómeno climático com esta dimensão. Isto depois de 2018 ter sido notável pelas tempestades de fogo.

O que se seguirá? É imprevisível, os padrões alteraram-se mais depressa do que os cientistas conseguem acomodar nos seus modelos, aceleram-se feedback’s positivos, os Oceanos tornam-se mais ácidos, o degelo liberta metano, etc. Mesmo um colapso súbito dos sistemas naturais que nos governam é plausível.

Como afirmou António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, temos 12 anos para reduzir as emissões de CO2 e impedir que a catástrofe climática se torne a realidade dos nossos netos. Os cientistas, e 97% de todos os artigos publicados sobre o tema, corroboram esta hipótese: se continuarmos no “business-as-usual”, vamos ter problemas graves enquanto espécie bem adaptada ao clima.

Os políticos e decisores têm responsabilidades acrescidas. Devem dar o exemplo, mudar hábitos, fazer escolhas difíceis. Mas não é isso que está a acontecer. A evidência está ali estacionada em frente â Câmara da Figueira da Foz: o novo carro a gasóleo do presidente, um Volkswagen – uma empresa que andou anos a enganar as autoridades. Isto, quando em frente à câmara foi colocado um posto de carregamento rápido para carros elétricos.

Precisamos de outros líderes, mais ambiciosos e coerentes imbuídos do espírito a que António Guterres apela: Sejam responsáveis!

 

 

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