Opinião: Ano dois

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A entrada no ano dois do turismo cá do burgo celebrou-se com uma propagandista nota de imprensa do gabinete do presidente a dar conta que o concelho da Figueira da Foz está a “crescer a um ritmo mais acelerado do que a média registada pela CIM-RC”.

Ora, eu diria que é importante crescer, mas cá para nós que ninguém nos ouve, é digno de nota crescer mais que Penacova, Mealhada, Arganil ou Pampilhosa da Serra? Certamente que não.

Mas, para além desta valiosa informação, ficámos a saber que tal crescimento, pasme-se, comprova a “eficácia de uma estratégia de promoção turística que assenta na valorização da qualidade de vida local e na aposta numa oferta cultural, desportiva e de entretenimento diversificada e programada ao longo de todo o ano”.

Dois pontos. Primeiro, tomamos conhecimento que existe uma estratégia de promoção turística. Com a qual partilho alguma simpatia. Deixámos de ser um destino de praia, não temos grande história e património para mostrar, e como tal devemos virar-nos para outro tipo de oferta.

Segundo, convém lembrar que nesta altura do campeonato nacional do turismo, é raro o concelho que não se encontra a escalar na tabela, e que tal se deve, essencialmente, a uma estratégia excecionalmente bem delineada pelo Turismo de Portugal nos últimos anos. Assim sendo, não nos assenta muito bem este papel arrogante da formiga, deslumbrada com a poeira que faz, enquanto corre ao lado do elefante.

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