Telmo Pinão, atleta paralímpico de Montemor-o-Velho, diz que foi alvo de “discriminação” no acesso ao Ensino Superior, o que o fez perder uma bolsa de 3600 euros. Tudo porque quis frequentar a licenciatura de Ciências do Desporto da Universidade de Coimbra (UC), para a qual são exigidas provas físicas de pré-requisitos. Com parte da perna esquerda amputada, há exercícios que o atleta não consegue fazer.
O processo começou em 2017 quando se candidatou e percebeu que para entrar “tinha de fazer salto em comprimento, salto no cavalo, correr os mil metros, com uma perna amputada…”, conta. Na altura, pediu à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da UC que os testes fossem adaptados tendo em conta a sua condição. “Disseram-me que não podiam adaptar os pré-requisitos naquele ano”, recorda.
Depois dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e do Campeonato do Mundo de Paraciclismo, Telmo, que está a preparar a ida a Tóquio, em 2020, para mais uma edição de Jogos Paralímpicos, não é homem para desistir e mesmo assim inscreveu-se e fez até algumas. “Tenho três ou quatro cadeiras feitas. Paguei mais de 100 euros por cada uma na esperança de serem consideradas”, revela.
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