Porque é que decidiu candidatar-se a reitor da Universidade de Coimbra?
Basicamente, porque muitas pessoas perguntavam se ia candidatar-me ou não e eu costumava brincar a dizer que havia uma boa razão para ser candidato e uma boa razão para não ser candidato.
A boa razão para ser candidato é que conheço muito bem a UC e os desafios que estão pela frente. A boa razão para não ser candidato é que conheço muito bem a UC e os desafios que estão pela frente. Sempre brinquei um pouco com isso, até ao momento em que tive de tomar uma decisão.
E a decisão baseou-se nas circunstâncias em que eu olhava para a universidade, para o futuro da universidade, para aquilo que tinha sido feito, para aquilo que serão os próximos quatro anos e, embora estejamos num momento eleitoral para candidato a reitor do quadriénio 2019-23, a verdade é que a universidade não pode viver em ciclos de quatro anos – tem que pensar muito mais para a frente. E foi, justamente, por esse olhar mais para a frente, que entendi que devia colocar a minha experiência ao serviço da universidade.
Sou uma pessoa que encara as missões com um espírito institucional muito forte, muito marcado e entendi que, se eu vier a ser eleito reitor, no dia a seguir estaremos a trabalhar, e conheço os serviços, a administração, os professores, os investigadores… Portanto, tenho uma maneira muito rápida de poder agir e atuar. Eu creio que universidade fez um trajeto, nestes últimos oito anos, que é positivo – não é tudo positivo, mas acho que em muitas áreas fizemos um trabalho bastante importante. Mas aquilo que é a afirmação da universidade a nível local, regional e depois, consequentemente, a nível internacional, não se compadece com um próximo mandato que não seja bastante forte e bastante ativo.
Os próximos quatro anos vão ser decisivos para universidade porque vamos enfrentar uma alteração do quadro comunitário, vamos enfrentar a alteração do quadro de financiamento europeu a nível de investigação e inovação, vamos ter os resultados da avaliação das unidades de investigação, a implementação do roteiro de infraestrutura, um conjunto de matérias que vêm de trás… E, aqui, já tenho a experiência de saber como é que aconteceu no período anterior e sei que o impacto é grande na forma de funcionamento da universidade.
Enfim, creio que estarei, talvez, mais bem preparado que os meus colegas para enfrentar e ultrapassar esses desafios. Conheço-os, sei como devo agir e, se for eleito, agirei em conformidade e penso que isso será positivo para a universidade.
(Ler entrevista completa na edição em papel de 3o de janeiro do DIÁRIO AS BEIRAS)