Opinião: “Motas” e “pernas”…

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António Agostinho, bloguer

Por maioria, a Câmara da Figueira aprovou a privatização da Figueira Parques, mediante o recebimento de 840 mil euros do sócio privado. A promoção da vulgaridade continua. Qualquer um pode chegar ao topo. Só precisa de projectar o boneco do cidadão vulgar. Os outros vulgares, a maioria, revêem-se. Sentem-se representados. Perceber isto, é correr risco de ser ostracizado.

Na década de 80, do século passado, já era assim: para quê então discutir a fraca qualidade dos actores políticos na Figueira? Isso, não evitou, no passado e no presente, que os vencedores fossem os “motas” e os “pernas”. Que sobra a quem ainda tem alguma consciência social e política?  Lutar. Participar no combate político e cultural, numa dimensão que eleve, que emancipe, fora da lógica vigente, demagógica, do menor denominador comum.

As promessas dos políticos são palavras efémeras e provisórias. As certezas meras intenções. O vazio reina. Estou fora disso. No silêncio e na solidão da  existência prefiro sentir o coração e enfrentar o falhanço sempre iminente: o nada.

Na Figueira, quem sempre circulou à vontade nas avenidas políticas, foram os “motas” e os “pernas”. Será por isso que aquela anormal requalificação urbana está em curso em Buarcos? Em 2018, continuamos como há 30 e tal anos: na era dos “motas” e dos “pernas”. Sem esquecer, porém, que a coragem é boa coisa. Assim como sua irmã: a esperança.

 

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