Visitar museus e galerias vale sempre a pena. No CAE fui surpreendido, a semana passada, pela criatividade da artista figueirense Conceição Ruivo. Uma mostra de trabalhos cuja alegria é contagiante. Numa outra sala, podem ver-se fotografias sobre “Cuba, ano zero?”.
Retratos a preto e branco de um país entre a globalização e o anacronismo do regime. Ainda no CAE, merece destaque a livraria Bruaá. Além de livros tem objetos singulares. Naqueles poucos metros quadrados sentimos que o tempo é outro, estamos na Figueira, mas poderíamos estar em Paris, Berlim ou Roma. O bom gosto é universal, só depende do empenho e inteligência estética do criador.
No restaurante Volta&Meia não há televisão. Meio caminho andado para uma “refeição e um café feliz”. As empregadas são atenciosas e eficientes, outro meio caminho andado. O ambiente está “cheio de sinais da Figueira”, desenhos nas paredes, livros de autores locais, etc. Sinais do tempo, no prato do dia há opção vegetariana. Noutro tempo aqui era o restaurante “Escondidinho”, o saudoso Sr. Rodrigues e a sua esposa eram os mestres da comida goesa.
Na Galeria O Rastro apreciamos obras de arte de grande qualidade. Por detrás de muitos quadros estão estórias surreais, contadas pelo Rui Beja, que dedica a sua vida à ideia, um tanto romântica, de vender arte na Figueira. São este tipo de pessoas, sonhadoras e que pensam diferente, que fazem da cidade um lugar mais interessante para viver. Um bem haja e votos de Boas Festas a todos os leitores.