2. O poder dos políticos
Fez recentemente anos do atentado que vitimou Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa. Objectivo: continuação da subserviência ao capitalismo dos capitalistas e capitalismo do Estado (este que tem destruído o ressurgimento do país – destruiu a agricultura e indústria – pelas greves, que, vejam lá agora até os juízes fazem greves!… Num Conselho Nacional do PPD em que estive presente, Sá Carneiro que acabara de ser convidado para primeiro ministro, convocou um Conselho Nacional para Lisboa, creio que no Hotel Ritz, na Avenida da Liberdade. Diz: “Fui convidado para primeiro ministro e quero pedir autorização ao Conselho Nacional, mas será a última vez que o farei, de não divulgar o elenco ministerial, isto devido à agitação e insegurança em que nos encontramos”.
Pedi a palavra e interroguei-o: mas está apto a fazê-lo? “Se não estivesse não o faria, pois seria uma deslealdade e, não pactuo com deslealdades”.
Não sei se estará — disse eu. Pois se fosse eu, teria todas as leis feitas, punha-as em execução, nem que tivesse que decretar o estado de sítio durante 15 dias para funcionar o Estado.
Ambos teríamos razão. Ele, se não tivesse morrido, talvez não houvesse necessidade de pôr em execução a minha proposta. E eu, como o tempo tem comprovado, tenho-a igualmente!…
Estava ao lado dos dissidentes e então eles interrogam-se: “é dos nossos?”
Vejam lá como são os Homens Públicos que só lhes interessa defender o EU e o Nosso.
Interrogando qual é a preparação dos políticos? Se a resposta tiver credibilidade, é um dever que mais de 80% são das ciências jurídicas, humanísticas e empresariais. Mas, pior que isso, formam-se nas grandes cidades que igualmente nada produzem, só consomem. Todos os políticos e os políticos quanto mais brilhantes e credíveis são clamam, militam, gritam e vociferam e apoiam e defendem a liga dos direitos do Homem. Esta estrutura básica da ONU. Vejam os resultados. A agonia em que se encontra o planeta. É assim que não há greves na China, nem na Rússia. Na China cada trabalhador trabalha 12 horas por dia, não tem sábados nem domingos nem férias. Há algo de errado! Eu nunca invoquei o direito, cumpri sempre os meus deveres. Donde a necessidade de criar a Liga dos Deveres do Homem, como direito a ser livre e os princípios da equidade e gratidão sejam as luzes para iluminar o planeta que se deseja seja o nosso: ausência de fome, poluição controlada, e paz entre as religiões e as nações, para que se possa, enfim, ser Feliz no planeta Terra.
Uma pergunta deixo aos senhores políticos – o que é a democracia? Pensem, escrevam num papel e interroguem-se. Serão democratas? Sem se produzir não se pode dar – que as greves destruíram a nossa economia. Os filhos não pode esperar dos pais que dêem sem produzir.Um país com dignidade deve pensar como sendo uma família, isto é, um Todo.
As greves são um contrassenso. Não pode ser com o braço no ar, que aterroriza, mas por votação secreta. E bem ponderadas as consequências. É assim que na primeira Assembleia Geral das elites da Universidade de Coimbra, no TAGV, teatro repleto, mesa ad hoc, vai uma menção para a mesa, com os dizeres: Angola para o MPLA, Guiné Cabo Verde para o PAIGC e Moçambique para a Frelimo… Vejam lá: só houve um voto contra e de pé. Se não, teria sido por unanimidade. E a quem votou contra, a mesa apodou-o de fariseu. A unanimidade no terror.