Não é o meu presidente ou Parem Donald Trump foram dois dos protestos mais simpáticos que consecutivamente foram proferidos, maioritariamente por jovens convocados por grupos sociais e políticos de esquerda (já justifico o itálico), imediatamente antes e ao longo dos dois últimos anos, nos EUA, e, em versões mais globais, em muitos pontos do mundo.
Porque foi a vitória das fake news, do atraso cognitivo dos americanos, da intromissão da Rússia nas eleições, da constatação da incapacidade do processo democrático gerar boas decisões, da irracionalidade e do partidarismo primário, e porque configurava um ataque à democracia, à liberdade, à defesa das conquistas dos desfavorecidos e das minorias.
Como se explica agora, no país de Trump, um número recorde de mulheres eleitas, as primeiras nativo-americanas, as primeiras muçulmanas, o primeiro homem assumidamente gay como governador, as primeiras hispânicas eleitas no Texas?
Há populismo de direita e de esquerda? Um é bom e o outro mau? Porquê?
Nas eleições autárquicas de 2017, na Figueira, a abstenção foi de 50%, dos que foram votar 50% escolheu manter a aposta, mas o número de desencantados não para de crescer.
Pode ser impressão minha, mas para que não vingue uma solução populista, têm os Partidos de construir projetos galvanizadores, ancorados numa abordagem estratégica honesta mas visionária, sendo capazes de atrair pessoas que acrescentem valor, e com uma capacidade e meios de comunicação eficazes.
E já só faltam 3 anos!…